É gripe ou resfriado? Veja a diferença e o que é possível fazer


Doenças são causadas por vírus e tem sintomas parecidos. Apesar disso, especialista alerta que é preciso identificar a doença porque gripe exige maior cuidado.

Espirro ou a congestão nasal são os primeiros sintomas que indicam se a pessoa está resfriada ou gripada — Foto: Getty Images

Espirro, coriza, tosse, dor de garganta. Quando as temperaturas baixam, esses sintomas começam a aparecer e a fazer parte da rotina. Mas você sabe se o que está sentindo é gripe ou resfriado?

Com as temperaturas mais baixas, os ambientes ficam mais fechados e úmidos, criando o cenário perfeito para infecções causadas por vírus respiratórios. Por isso, no inverno, há uma tendência forte de aumento na circulação desse tipo de vírus.

🤧 Segundo os dados mais recentes do InfoGripe, que monitora os casos de síndrome respiratória, até julho foram registrados mais de 40 mil casos das doenças — antes mesmo do frio chegar para valer.


Gripe x Resfriado

As duas doenças são causadas por vírus, têm sintomas parecidos, mas têm intensidades diferentes.

  • Resfriado: pode ser causado por mais de 100 tipos de vírus respiratórios, como o rinovírus e o metapneumovírus. Um conjunto de sintomas leves é a principal marca de um resfriado. Ou seja, ele te deixa meio para baixo, mas não chega a te derrubar.
  • Gripe: os sintomas são bem mais intensos e chegam de uma vez só. Diferente do resfriado, a gripe, sim, é capaz de te derrubar. Na classe dos vírus, os mais comuns são o Influenza e o Sars-CoV-2.


Gripe

A maior diferença entre a gripe e um resfriado é a intensidade dos sintomas que derruba a pessoa e a impede de seguir com a rotina.

Os principais sintomas são:

  • Espirro
  • Tosse
  • Dor de garganta
  • Dor no corpo
  • Febre
  • Fadiga
  • Falta de apetite

“Na gripe, os sintomas vêm com muito mais intensidade. É uma doença que derruba, deixa a pessoa de 'molho' mesmo. Entre os sinais clássicos estão a dor no corpo generalizada e a febre, que geralmente não vem nos resfriados”, explica o pneumologista Luiz Ricardo.


O que fazer?

O médico explica que a gripe pode evoluir para quadros mais graves, como a pneumonia, que exige tratamento específico. Por isso, é preciso acompanhamento médico e a automedicação é contraindicada.

“A gripe pode facilmente evoluir para algo mais grave. Quanto mais rápido o atendimento e o diagnóstico, mais rápido conseguimos medicar e impedir que o quadro evolua”, pontua Luiz Ricardo Melo.

➡️ Tratamento: além do tratamento dos sintomas, existem remédios específicos que combatem vírus causadores de síndromes gripais. Os medicamentos antivirais interrompem o processo de infecção causado por um vírus e devem ser usados sob recomendação médica.

↪️ Para a gripe, existe o oseltamivir (vendido como Tamiflu no comércio). É um medicamento que reduz a multiplicação do influenza A e B.


Resfriado

O resfriado traz quase os mesmos sintomas da gripe, é como uma gripe leve. Os médicos explicam que é mais uma situação incômoda com coriza, espirros e que passa em alguns dias.

Sintomas:

  • Espirro
  • Tosse
  • Coriza
  • Dor de garganta
💊Apesar dos apelos dos medicamentos "antigripais" expostos nas prateleiras das farmácias, esses medicamentos não combatem o vírus, apenas os sintomas.

➡️ Tratamento: é sintomático, ou seja, os remédios indicados pelo médico vão tratar o sintoma que mais incomoda o paciente naquele momento.

Analgésicos e antitérmicos, como paracetamol e dipirona, são eficientes para febre e dor no corpo, assim como o soro fisiológico pode ser indicado para lavagem nasal, caso o nariz esteja entupido.

“O resfriado, geralmente, leva alguns dias, mas passa sem necessidade de maiores intervenções. O ideal é se hidratar, se alimentar bem e evitar automedicação excessiva. Se tiver uma dor de cabeça, tomar analgésico. Em caso de coriza, lavagem nasal”, explica o especialista.


Vacinação é aliada contra a gripe

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, todos os anos, a vacina contra a gripe. A campanha é destinada, primeiramente, aos grupos prioritários. Após esse período, o imunizante fica disponível para toda a população.

A campanha começou em março, mas teve adesão muito abaixo do esperado, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de não estar mais em campanha, ainda é possível se vacinar. Basta procurar o posto de saúde mais próximo com documento de identidade.



Fonte: G1



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