Decisão foi publicada na quarta-feira (10). O fundador da igreja Bola de Neve é acusado de agredir de diferentes maneiras a esposa Denise Seixas, pastora e cantora gospel.
Pastor Rinaldo Pereira, líder da igreja evangélica Bola de Neve — Foto: Reprodução |
A Justiça de São Paulo determinou nesta quarta-feira (10) que Rinaldo Pereira entregue todas as armas que estão em sua posse em até 48 horas. O líder da igreja evangélica Bola de Neve, conhecido como apóstolo Rina, é acusado de diversos tipos de agressão contra a esposa, a pastora e cantora gospel Denise Seixas.
Na decisão, o desembargador Hugo Maranzano deu prazo para a apreensão das armas do líder religioso a partir da notificação da decisão judicial.
Em junho deste ano, Denise conseguiu uma medida protetiva contra o marido depois de relatar supostos casos de lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação. Rinaldo deve manter distância de Denise e está proibido de manter qualquer tipo de contato com ela.
Agressões durante todo o relacionamento, diz vítima
Em depoimento à Polícia Civil, Denise Seixas disse que sofreu diversos tipos de agressão durante todo o relacionamento com o apóstolo, de xingamentos a violência física.
Em abril de 2023, o filho da pastora divulgou um vídeo em que Rinaldo aparece dizendo que a mulher está "completamento enlouquecida". Denise conta que, a partir disso, o líder religioso teria ficado enfurecido, e ela passou a sofrer violência psicológica.
Ela relata que, em um dos episódios violência, tomou um soco no nariz, mas não denunciou em razão de sua influência.
Ela disse, ainda, que nos últimos meses de relacionamento, foi obrigada a gravar vídeos desmentindo que Rinaldo seria um agressor, a fim de proteger sua imagem e reputação.
Como o vídeo "não deu certo, uma vez que as pessoas perceberam que ela estava lendo", ela conta que o pastor arremessou uma cadeira em sua direção, mas não acertou porque ela teria desviado.
Denise relata que, em um episódio de violência, o pastor disse que a esposa não poderia "ficar longe do leito", já que ele estaria sem relação sexual havia um mês.
Em outra suposta ocorrência, Rinaldo pediu para conversar com Denise e disse que aquele seria o "último dia", ou seja, o prazo que ela teria para voltar a ter relação sexual com o marido.
Denise ainda diz que, nos últimos dois meses, perdeu o acesso às redes sociais e teme que alguém faça algo contra sua reputação.
Ela também afirmou que não tem acesso às suas finanças, tendo que recorrer a uma pessoa indicada por Rinaldo sempre que precisa de dinheiro.
Fonte: G1 SP