Mulher morre após ser diagnosticada com 'crise de ansiedade' e receber alta em hospital público


Marlúcia Machado teve mal súbito e faleceu à caminho de casa. Secretaria de Saúde diz que equipe seguiu protocolo e não notou alterações em sinais vitais da paciente.

Marlúcia Machado morreu após receber alta de hospital público no DF — Foto: Reprodução

Uma mulher morreu, nesta quarta-feira (10), após procurar o Hospital Regional Leste, no Paranoá, com fortes dores no peito. Segundo a família, Marlúcia Machado, de 51 anos, recebeu alta depois de ser diagnosticada com "crise de ansiedade" pelos médicos.

No caminho para casa, Marlúcia teve um mal súbito e morreu. A família conta que chegou a levá-la de volta para o hospital, mas os médicos não conseguiram reanimar a mulher.

Segundo a família, o corpo de Marlúcia vai passar por necropsia para determinar a causa da morte. Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal diz que há registro de classificação de risco para a paciente, mas que, no momento do atendimento, não havia alteração de sinais vitais. Ainda de acordo com a pasta, a equipe seguiu o protocolo e o caso foi classificado como "sem gravidade".

O Hospital Regional Leste está em bandeira vermelha, ou seja, apenas casos de risco imediato de morte são atendidos pelos médicos. No entanto, alguns pacientes dizem que mesmo com sintomas graves não estão sendo atendidos.

Falta de atendimento e reportagem impedida de conversar com pacientes na UPA do Paranoá

Na manhã desta sexta-feira (12), uma equipe da TV Globo que estava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Paranoá para fazer uma reportagem sobre a busca por atendimento em função da seca e da fumaça. O repórter foi impedido de conversar com os pacientes que estavam do lado de fora do prédio esperando, e uma pessoa responsável pela unidade de saúde chamou a Polícia Militar para retirar os jornalistas do local (veja vídeo acima).

O repórter que anteriormente havia entrado no prédio, sem câmera, foi expulso por uma servidora que disse ser coordenadora de enfermagem, mas não quis dizer o nome. A servidora pública chamou a Polícia Militar e cinco viaturas foram ao local.

Os PMs constataram que a reportagem estava exercendo seu papel e que havia feito nenhuma imagem sem autorização e foram embora.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) disse, por meio de nota, que "lamenta o ocorrido" e que a servidora foi afastada e que o caso está sendo investigado (veja nota abaixo).


O que diz o Iges-DF

"O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal informa que a colaboradora envolvida em uma situação com um repórter na manhã de hoje, na Unidade de Pronto Atendimento do Paranoá, já foi afastada de suas funções e que o caso está sendo investigado.

O IgesDF lamenta o ocorrido e reforça que preza pela transparência, pela boa relação com a imprensa e repudia qualquer tipo de atitude que vá em desacordo com as normas do Instituto.

O IgesDF reitera que está sempre aberto ao diálogo com a imprensa e segue buscando a melhoria no atendimento."


O que diz a PMDF

"Na manhã desta sexta-feira (12) a equipe de profissionais da UPA do Paranoá solicitou o apoio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para que ajudassem a evitar que fossem feitas imagens no interior da unidade.

Além disso, foi solicitado também pela própria equipe de reportagem o mesmo tipo de apoio. Diante da situação, viaturas da PMDF foram deslocadas para a UPA do Paranoá e após diálogo com as partes envolvidas, foi estabelecido um consenso para que as gravações fossem realizadas na área externa da unidade de saúde."



Fonte: G1 DF



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