'Sentiu o prédio balançar?': moradores da Grande SP relatam tremores durante terremoto no Chile


Moradores sentiram móveis balançar, a porta tremer e chegaram até a sentir uma forte tontura. A Defesa Civil de SP disse que foram registrados leves tremores em diferentes regiões da capital paulista e que o fenômeno é reflexo do terremoto ocorrido na região norte do Chile e na Argentina.

Andréia e a cunhada trocaram mensagens sobre o tremor que sentiram no prédio em Mogi das Cruzes — Foto: Reprodução/Redes sociais

Os moradores de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, relatam que sentiram um tremor na noite desta quinta-feira (18), no mesmo horário em que um forte terremoto de magnitude 7,3 atingiu a região próxima ao deserto do Atacama, no norte do Chile, perto da fronteira com Bolívia e Argentina.

A autônoma Andréia Vitor Marques mora em um condomínio na Vila Mogilar com o marido e as filhas e contou que estava no quarto rezando quando sentiu a cama balançar.

"Até achei que estava com tontura. Escutei o barulho das portas tremendo, mas achei que fosse coisa da minha cabeça. Aí corri para a sala e meu marido - que estava lá brincando com nossas filhas - disse que também tinha sentido".

Andréia mora no 6º andar do prédio e a cunhada, que mora no 7º andar, também sentiu. "Estão acordados? Sentiu o prédio balançar?", "sentiu tremer?" foram algumas das mensagens trocadas entre as duas (veja o print da conversa acima).

Segundo a Defesa Civil do Estado, foram registrados leves tremores em diferentes regiões da capital paulista na noite de quinta-feira (18) e que o fenômeno é reflexo do terremoto ocorrido na região norte do Chile e na Argentina, a mais de 100 km de profundidade, de acordo com o Centro de Sismologia da USP.

Por meio de nota, a Defesa Civil de Mogi das Cruzes afirmou que não registrou nenhuma ocorrência.

Quem também sentiu o tremor foi o professor Vladimir Coelho, que mora em uma casa no bairro Ponte Grande. "Tava deitando na cama e, quando virei para o lado que fica a mesa de cabeceira - que eu deixo minha garrafa de água -, vi que a água estava mexendo, como se alguém tivesse balançado a garrafa. Achei até que fosse um bicho ou que eu estivesse vendo coisa. O móvel fica longe da minha cama, é a distância de pouco mais de um palmo, não teria como eu ter esbarrado sem perceber".

"Aquilo me deixou intrigado. Quando acordei, fui olhar as redes sociais e vi muitas pessoas falando sobre o terremoto. Nem pensei que poderia ser isso. Até comentei com minha esposa que a garrafa de água tinha mexido sozinha".

Imagem mostra a distância entre a cama e a estante de cabeceira no quarto do Vladimir Coelho — Foto: Vladimir Coelho/Arquivo pessoal

"Estava deitada e senti um negócio estranho", "eu também senti, achei que fosse meu filho balançando a cama, até dei um cutucão nele, tadinho", "aqui também balançou, foi surreal", "eu senti também, a porta da sala ficou tremendo... Achei que fosse coisa da minha imaginação" foram alguns dos comentários de moradores nas redes sociais.

A fisioterapeuta Helena Moraes trabalha em um hospital no Centro de Mogi das Cruzes e estava de plantão quando começou a sentir uma tontura forte. A profissional chegou até a postar o ocorrido nas redes sociais (veja na foto abaixo).

"No meio da noite, eu sentei e peguei as folhas de passagem de plantão para ler. Nisso comecei a sentir uma tontura, até pensei que estava com labirintite... Mas logo passou. Eu estava no 2º andar do hospital".

Fisioterapeuta Helena Moraes chegou a relatar o acontecimento nas redes sociais — Foto: Redes Sociais/Reprodução

Um mapa do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) mostra os relatos de tremores reportados no país. Na quinta-feira (18), foram seis registros no Alto Tietê. Três em Itaquaquecetuba, dois em Mogi das Cruzes e um em Ferraz de Vasconcelos.

Mapa do Centro de Sismologia da USP mostra relatos de tremores reportados no Alto Tietê — Foto: Centro de Sismologia/USP

Em nota, a Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que, na noite desta quinta-feira (18), foram registrados leves tremores em diferentes regiões da capital paulista.

"O fenômeno é reflexo do terremoto ocorrido na região norte do Chile e na Argentina, a mais de 100 km de profundidade, de acordo com o Centro de Sismologia da USP", afirmou.

Além disso, a Defesa Civil de SP disse que continua monitorando a situação.



Fonte: G1 SP



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