Grupo que vendia armas e drogas por WhastApp para todo o Brasil é preso no ES


A prisão de quatro criminosos faz parte da Operação Brujeria, deflagrada na manhã desta sexta-feira (16) na Região Metropolitana de Vitória.

Polícia cumpre operação para desarticular quadrilha que vendia armas e drogas por aplicativo de mensagens. Quatro homens foram presos no Espírito Santo — Foto: Divulgação/PC

Quatro integrantes de uma organização criminosa que comercializava armas e drogas por meio de um aplicativo de mensagens foram presos na madrugada desta sexta-feira (16) na Região Metropolitana de Vitória.

Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, os criminosos negociavam os produtos abertamente em grupos do WhatsApp e até enviavam fotos do material, como cocaína, black lança, maconha, pistolas e outros. Três armas e munição foram apreendidas.

Intitulada Brujeria, a operação envolveu 60 policiais e tinha como objetivo cumprir 20 mandados de busca e apreensão contra criminosos que atuam no tráfico de armas e de drogas nos municípios de Cariacica, Serra, Viana, Vila Velha e também da capital Vitória.

Dos quatro homens presos, três deles tinham mandado de prisão. Cada um foi preso em um local diferente:
  • Homem de 23 anos: preso em Vila Betânia, Viana;
  • Homem de 22 anos: preso em Nova Valverde, Cariacica;
  • Homem de 22 anos: Novo Porto Canoa, Serra.
Armas e munição foram apreeendidas com um quarto investigado em Vitória, no Espírito Santo — Foto: Divulgação/PC

Um quarto investigado, de 24 anos, que tinha mandado de busca e apreensão domiciliar, foi preso em flagrante no Centro de Vitória por posse ilegal de armas. Na residência dele, foram apreendidas três armas de fogo.

Os criminosos, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia, vão responder por tráfico de drogas e de armas de fogo. Os detidos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Viana (CTV).


Investigação

Segundo o delegado, a investigação começou devido à prisão de um suspeito que também teve o celular apreendido, em dezembro de 2023, no bairro Rio Branco, em Cariacica Segundo o superintedente de Polícia Especializada, Romualdo Gianordoli, o Centro de Análise Telemática (Ciat) analisou o aparelho e descobriu grupos de WhatsApp usados na prática criminosa.

"Descobrimos dois grupos de WhatsApp com muitos participantes. Um grupo que era específico para a venda de entorpecentes de todos os tipos, como haxixe, maconha, cocaína, skank, black lança, drogas sintéticas; e um outro grupo para o tráfico de armas, que comercializava pistolas, carregador alongado, munições", explicou Romualdo.

Segundo a polícia, apesar de terem feito somente quatro prisões, cerca de 30 pessoas fazem parte do esquema. A corporação não deu detalhes sobre quem são os outros investigados.

Prints de celular divulgados pela Polícia Civil mostram a comercialização dos criminosos, que divulgava peso, qualidade e preço das drogas e armas (veja abaixo).

Veja como era a comercialização das armas e drogas



Conforme as investigações, o tráfico de drogas e armas acontecia no aplicativo há cerca de um ano e a polícia pediu a prisão de indivíduos que participavam dos dois grupos.

"Nós fizemos uma seleção dos mais importantes para pedir a prisão. Os outros, pedimos a busca e apreensão domiciliar. Inclusive, um dos presos comercializava black-lança e fazia frete para todo o Brasil. Também tinham pessoas integrantes de facções criminosas nos grupos, então essas armas chegavam às mãos dessas pessoas".



Fonte: G1 ES



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