Os irmãos — um menino e uma menina — nasceram com 10 minutos de diferença — Foto: Arquivo pessoal |
Grávida de gêmeos, a cozinheira Andressa Teles da Silva, 37 anos, de Anápolis, em Goiás, até planejava ter seus bebês por parto normal, mas no hospital — com o marido assistindo e um amigo, fotógrafo, filmando. Mas a realidade foi bem diferente! "Às 2h da manhã, começaram as contrações e não parou mais e nem deu intervalo. Por volta das 3h50, eles começaram a sair e não deu tempo de ir para a maternidade", disse a mãe, que estava sozinha com o marido. "Ele acordou com o primeiro bebê saindo. Ficou desesperado!", lembra. "Mas ele ajudou a colocar o bebê no cobertor e limpar da água do parto", completou.
"Então, para não correr risco de ter meus bebês na rua, preferi ter eles em casa. Depois que os dois nasceram, chamamos o SAMU e fomos para a maternidade fazer todos os procedimentos", contou ela, à CRESCER. Os irmãos Yanna e Enky — um menino e uma menina — nasceram bem e saudáveis. O parto aconteceu na madrugada da última segunda-feira, dia 29 de Julho. Os dois nasceram de 39 semanas e 6 dias, com um intervalo de apenas 10 minutinhos entre um e outro e — acredite — exatamente com o mesmo peso e tamanho: 3 kg e 50 cm.
"Muita coincidência, hein?", brincou a enfermeira obstétrica Beatriz Gomes, que atendeu a mãe já na Maternidade Dr. Adalberto, e lembra o momento em que Andressa e o marido, Pedro Augusto Camargo, chegaram ao hospital: "Eu estava de plantão. Eles chegaram com os bebês nos braços", conta. "Existem muitas nuances nas gestações gemelares — parto prematuro e via de parto segura são as principais preocupações das mães de dois ou mais bebês. Mas os Gêmeos Yanna e Enky chegaram nessa madrugada quebrando todos os tabus existentes", afirmou.
Andressa e Pedro, durante a gestação dos gêmeos — Foto: Arquivo pessoal |
Questionada se a gestação foi planejada, Andressa respondeu: "Foi não. Eu achava que nem podia mais ter filhos. Os médicos do Rio me disseram, há 13 anos, que eu não podia mais ter filhos. Aí chego aqui em Goiás e ganho gêmeos e em casa", diverte-se. Ela disse que ficou "chocada" ao ver o teste positivo. E o segundo choque aconteceu quando ela descobriu que dois bebês estavam à caminho.
"A primeira transvaginal mostrou um cisto de quase 7 centímetros e um bebê de 11 semanas. O médico, então, pediu outra ultrassonografia obstetríca para ver se o cisto estava crescendo. Foi quando, no lugar do cisto, apareceu outro bebê. E eu fiquei chocada de novo (risos)", lembra ela, que tem outros dois filhos, Rafael, de 19, e Yasmin, de 13 anos.
E a gestação não foi fácil. "Foi bem complicada, com muitas dores, enjôos e muito pesada (risos)", conta. "Devido ter sofrido muito com dores na gravidez, eu achei que iria sofrer muito na hora do parto por conta de serem dois bebês, mas não foi tão terrível assim (risos)", disse. Não deu tempo de chegar ao hospital, mas Andressa disse que, mesmo assim, não sentiu medo em momento nenhum. "Difícil eu ter medo de alguma coisa", riu.
Também não deu tempo de fazer os registros que ela planejava. "Só o que conseguimos fazer foi um pequeno vídeo mostrando os cordões e os bebês", conta. O importante é que os bebês estão bem e a mãe também! "Eles estão bem e eu também", finalizou.
Os pais com os gêmeos — Foto: Arquivo pessoal |
Fonte: Crescer