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Dois adolescentes investigados por crimes de racismo e terrorismo foram apreendidos e tiveram computadores e celulares recolhidos pela polícia, em Sooretama, no norte do Espírito Santo. Os menores têm 15 e 17 anos e cometiam os crimes pela internet.
De acordo com a Polícia Civil (PCES), os objetos foram apreendidos na última quarta-feira (31), pela Delegacia de Polícia (DP) de Sooretama. Os aparelhos seriam o meio que os adolescentes usavam para realizar os ataques.
Segundo o delegado Fabrício Lucindo, chefe da 16ª Delegacia Regional de Linhares, a denúncia foi recebida há cerca de duas semanas e as investigações revelaram que os suspeitos estavam fazendo publicações nazistas.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a delegacia de Sooretama representou pela busca e apreensão residencial nas casas dos adolescentes. Durante a ação, foram apreendidos dois computadores e dois celulares, que serão encaminhados para a Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) para serem periciados.
"Os adolescentes foram ouvidos e confessaram que fizeram as postagens via internet. Em interrogatório, disseram que era uma brincadeira. Os dois responderão pela prática de fato análogo ao crime de racismo e de terrorismo", disse o delegado Fabricio Lucindo.
A PCES ressalta ainda que os adolescentes assinaram um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (Boc), por ato infracional análogo aos crimes previstos no artigo 20 – praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97) Pena: reclusão de um a três anos e multa e pelo crime previsto na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 – Lei de terrorismo.
Após os familiares assumirem o compromisso de comparecer ao Ministério Público Estadual (MPES) quando solicitado, os adolescentes foram reintegrados às famílias. O caso será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude de Linhares.
"O caso serve de alerta para todos os pais, para que estejam atentos e vigiem as atividades de seus filhos nas redes sociais e na internet", ressaltou o delegado Fabrício Lucindo.
Fonte: ES Hoje