VÍDEO mostra momento da implosão de prédio abandonado

Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos — Foto: TV Vanguarda/Reprodução

A construção de um prédio abandonado foi implodida às 10h deste domingo (25) no Jardim Aquarius, Zona Oeste de São José dos Campos (SP). Em menos de 10 segundos, 75 kg de explosivos distribuídos em 500 pontos de detonação colocaram abaixo a estrutura de 10 mil toneladas de concreto e ferro - veja vídeo abaixo.

Para realizar a operação, ruas e avenidas no entorno do prédio foram bloqueadas. Além disso, moradores de 12 prédios, inseridos em um perímetro de 150 metros no entorno da implosão, precisaram deixar seus apartamentos em uma medida de segurança.

Às 10h, a detonação dos explosivos foi acionada a partir de uma sala de controle e o prédio veio abaixo gerando uma cortina de poeira. Para controlar o pó, 30 piscinas de plástico com água haviam sido colocadas na estrutura, além de telas na base do terreno.

A construção implodida tinha nove pavimentos (oito andares e subsolo) e estava abandonada há mais de 30 anos. Ali funcionaria um hotel, mas a construção foi paralisada depois da empresa responsável falir.

O local vinha sendo alvo de reclamação de moradores por ser usado frequentemente por usuários de drogas, além de acumular sujeira. A área foi comprada por uma construtora e agora dará lugar a um condomínio residencial.

Antes, no entanto, terá que passar por limpeza para retirada das 10 toneladas dos escombros. O trabalho deve levar entre 30 e 45 dias. 

Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos — Foto: TV Vanguarda

Minutos depois da poeira baixar, a área ficou assim:

Implosão de prédio abandonado em São José dos Campos — Foto: TV Vanguarda/Reprodução

Experiência

O principal responsável pela operação de implosão é o engenheiro civil Manoel Jorge Diniz Dias. Conhecido como Manezinho da Implosão, ele já atuou em mais de 200 implosões no país.

Entre elas está a implosão de pavilhões do complexo penitenciário do Carandiru, em São Paulo, em 2002. Outro caso de destaque é o do Palace II, edifício do Rio de Janeiro, em 1998.

A implosão completa 50 anos no Brasil no ano que vem (a primeira foi a do edifício Mendes Caldeira, na Praça da Sé, em SP, em 1975) e é uma prática que tem sido cada vez mais usada porque, apesar da complexidade, evita meses de demolição manual, sujeira e poluição sonora.

Segundo a construtora Esdras, responsável pelo imóvel, a implosão foi adotada por esses motivos, com objetivo de "causar o menor impacto possível aos moradores, ao invés de meses de demolição manual que causariam sujeira e poluição sonora incessantes".


Fonte: G1


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