Ataque a tiros em bar deixa 4 mortos e 5 feridos; 'Acabaram com a nossa família', diz irmão de um dos mortos


O tiroteio aconteceu por volta das 4 horas, quando traficantes de uma facção rival invadiram a rua onde fica o estabelecimento, atirando contra as pessoas que estavam no espaço.


Ao menos 9 pessoas foram baleadas em um bar em Turiaçu, na Zona Norte do Rio, na madrugada deste sábado (31). Quatro delas não resistiram aos ferimentos e morreram.

Testemunhas contam que um carro com bandidos parou no local atirando, atingindo os frequentadores da Wisqueria DG Mix, na entrada da Comunidade da Congonha.

Entre as vítimas fatais está Lucas Sousa de Sá, de 28 anos, que era um dos donos bar; Denis da Silva Ventura, de 24 anos; Thiago de Mello Araújo, também de 24; e de Alisson Henrique da Silva Lucena, de 41.

Segundo a Polícia Civil, Alisson Henrique tinha passagens por tráfico de drogas e por porte de arma de fogo. Já Denis havia sido preso por tráfico de drogas.

O tiroteio aconteceu por volta das 4 horas, quando traficantes de uma facção rival invadiram a rua onde fica o bar, atirando contra as pessoas que estavam no local.

Nas redes sociais, um dos irmãos de Lucas, também sócio do estabelecimento, lamentou a morte.

"Acabaram com nossa família, com nosso sonho. A gente só tinha uma preocupação, que era trabalhar para vencer e para obter nossos objetivos, sem pegar atalhos sem tentar fazer ninguém de trampolim. A gente, simplesmente, trabalhava", escreveu Bruno Sousa de Sá.

Lucas de Sá foi morto no ataque ao bar onde trabalhava — Foto: Reprodução

Segundo a Polícia Militar, quatro vítimas foram levadas para atendimento na UPA de Rocha Miranda e cinco para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que todas as quatro pessoas que deram entrada no local com ferimentos por arma de fogo já chegaram mortas.

A direção da UPA de Rocha Miranda disse que todos os corpos já foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio.

No Hospital Getúlio Vargas, Ana Carolina Santoro, Tatiana Silvestre Fialho e Luiz Cláudio Galisa dos Santos foram atendidos e já receberam alta. Eles estão fora de perigo.

Ryan da Silva Mascarenhas continua internado, mas seu estado é estável. Já Erick Patrick Pereira da Silva é o caso mais grave e segue internado com ferimentos na perna esquerda e abdômen.

Marcas de tiros ficaram no estabelecimento — Foto: Francisco Vidal/Arquivo pessoal



Tiros acertaram muros do entorno do bar — Foto: Francisco Vidal/Arquivo pessoal

Lorraine Silva, irmã de Erick Patrick, contou que ele é moto Uber, tem um filho de 4 anos, e estava com amigos no bar no momento que homens armados passaram atirando. Ela lembrou que tem sido frequente os ataques de criminosos rivais na região.

"O estado de saúde dele é bem grave. Ele entrou para a mesa de cirurgia às 7 horas da manhã e ainda não tivemos nenhuma resposta, pois é uma cirurgia complicada. Os médicos disseram que ele teve vários órgãos atingidos [pelos tiros]. Infelizmente, essa é a situação que quem vive nas comunidades passa", afirma Lorraine, que completa:

"Eles estavam em uma rua da comunidade, bem movimentada, numa wisqueria, todos eram trabalhadores, e eles chegaram atirando. Foram 24 pessoas feridas, sem contar os outros mortos. O Thiago e outros dois meninos eu não conheço. São todos os trabalhadores. O Lucas morreu pedindo pelo amor de Deus, porque todos ali eram trabalhadores"

De acordo com a Polícia Militar, equipes do 9° BPM (Rocha Miranda) estão intensificando o policiamento na região devido a uma possível disputa entre grupos criminosos na Comunidade da Congonha, onde o tiroteio ocorreu.

Em nota, a Polícia Civil disse que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga a motivação do ataque.


Fonte: G1 RJ



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