Homem entra em hospital para retirar baço e morre após ficar sem fígado


A vítima tinha 70 anos e morreu quando ainda estava na mesa de cirurgia, após o trágico erro médico

Imagem Ilustrativa. Créditos: Breno Esaki/Agência Saúde DF

Um erro médico trágico e absurdo provocou a morte de William Bryan, de 70 anos. A vítima perdeu a vida na mesa de cirurgia de um hospital na Flórida, nos Estados Unidos, após o médico que o operava trocar o órgão que deveria ser retirado.

Bryan deu entrada no centro cirúrgico para retirar o baço. Entretanto, teve o fígado removido e não resistiu.

Berverly, esposa do paciente, declarou ao New York Post, que ela e o marido estavam visitando uma propriedade no condado de Okaloosa, na Flórida, quando ele sentiu uma forte dor abdominal.

Bryan foi encaminhado ao Hospital Ascension Sacred Heart Emerald Coast, no condado de Walton. Ao dar entrada, ele foi internado depois de realizar exames que apontaram uma anormalidade no baço. As informações são do advogado da família.

O jornal relatou que Thomas Shaknovsky, cirurgião-geral, e Christopher Bacani, diretor médico do hospital, convenceram a família de que o paciente precisava realizar a cirurgia ou “poderia ter complicações sérias se deixasse o hospital”.

Bryan concordou e foi encaminhado ao centro cirúrgico para realizar o procedimento que se chama esplenectomia laparoscópica assistida.

Trata-se de uma técnica cirúrgica que usa um dispositivo para auxiliar a inserção da mão do cirurgião na cavidade abdominal durante a retirada do baço.

Porém, durante a cirurgia, Shaknovsky removeu o fígado de Bryan seccionando a vasculatura principal (rede vascular do órgão) que irriga o fígado, impedindo a reimplantação.

O corte causou uma “perda de sangue imediata e catastrófica resultando em morte”, segundo o processo. O cirurgião geral chegou a classificar o órgão como “baço”. O erro foi identificado após a morte do paciente.

O médico ainda disse à esposa que o “baço do marido estava tão doente, que era quatro vezes maior do que o normal, e havia migrado para o outro lado do corpo”. Por isso, teria havido a confusão.


Reincidência do cirurgião

O advogado da família da vítima apontou no processo que Shaknovsky, em 2023, já havia cometido erro médico, ao remover uma parte do pâncreas de um paciente em vez de realizar a ressecção pretendida da glândula adrenal.

A viúva da vítima pede indenização e que Shaknovsky seja impedido de exercer a medicina.


Fonte: Revista Fórum



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