Cássia Kis vira ré após declarações homofóbicas em entrevista


A atriz Cássia Kis deu uma série de declarações preconceituosas em 2022, em uma live com a jornalista Leda Nagle


O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) acatou um pedido feito pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a atriz Cássia Kis e tornou a artista ré por homofobia. A ex-atriz da Globo fez uma série de comentários preconceituosos contra pessoas transexuais em 2022 em uma entrevista a Leda Nagle, o que motivou a ação.

De acordo com documentos oficiais, a ação pode fazer com que a atriz precise pagar uma multa de até R$ 1 milhão. A queixa-crime foi movida pelo coletivo Antra (Articulação Nacional dos Transgêneros) e pelo ator José de Abreu, pai de uma mulher trans de 23 anos.

As polêmicas começaram em outubro de 2022, quando Cássia Kis deu uma entrevista à jornalista Leda Nagle. Na ocasião, ela deu declarações homofóbicas. Na época, a artista estava no ar como a vilã Cidália da novela Travessia, da Globo. Ela afirmou que relações homoafetivas estão “destruindo a família”.

“Não existe mais o homem e a mulher, mas mulher com mulher e homem com homem. Essa ideologia de gênero que já está nas escolas. Eu recebo as imagens inacreditáveis de crianças de 6, 7 anos se beijando, onde há inclusive um espaço chamado ‘beijódromo’ ou algo assim”, afirmou Cássia Kis, sem apresentar nenhuma prova.

“O que está por trás disso? Destruir a família, sem dúvida nenhuma. E não só. Destruir a vida humana, na verdade, porque que eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou a famosa.

De acordo com o colunista Gabriel Vaquer, foram três sugestões de ação civil pública, todas feitas em 2022. Apenas agora, porém, uma delas foi aceita pela Justiça Federal. O juiz Mauro Luis Rocha Lopes foi sorteado para analisar o caso.

Além desse caso, Cássia Kis também foi processada em outra ação por homofobia, em uma ação movida pelo Grupo Arco-Íris, ONG que cuida dos direitos da população LGBTQIA+. Eles pedem uma indenização coletiva no valor de R$ 250 mil, que seriam destinados a programas de combate à LGBTfobia no meio cultural.


Fonte: Metrópoles



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