CURIOSIDADES DA ELEIÇÃO: Brasil tem 11 municípios com todos os eleitos do mesmo partido


Dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram as cidades em que prefeito, vice-prefeito e vereadores eleitos são do mesmo partido. Veja a lista de municípios e eleitos.

Urna eletrônica; eleição; voto; votação — Foto: Antonio Machado/Fotoarena/Estadão Conteúdo

O Brasil tem 11 cidades brasileiras que elegeram prefeito, vice e vereadores de um mesmo partido nas eleições municipais. Dessas, nove se encontram na região Nordeste, nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte, e uma no Centro-Oeste, no estado de Goiás.

Os dados das candidaturas presentes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram os municípios que têm todos candidatos eleitos de um mesmo partido. Não foram levadas em conta cidades que elegeram os candidatos de uma mesma coligação ou que os partidos dos eleitos fazem parte de uma coligação.

Reportagem do g1 Ceará mostrou na quarta-feira que uma das cidades desta lista, Ipaporanga, no Ceará, elegeu prefeito, vice-prefeito e todos os nove vereadores em 2024 do PT.

As 11 cidades com eleitos do mesmo partido são (veja a lista de eleitos mais abaixo):
  • Coxixola (PB)
  • Floresta do Piauí (PI)
  • Ipaporanga (CE)
  • Jacobina do Piauí (PI)
  • Mar Vermelho (AL)
  • Perolândia (GO)
  • Pilões (RN)
  • Poço Dantas (PB)
  • Rafael Godeiro (RN)
  • São João do Jaguaribe (CE)
  • Serra Grande (PB)

O professor do departamento de Direito Público da Universidade Federal do Ceará (UFC), Felipe Braga Albuquerque, explicou que o caso de cidades em que um único partido elegeu todos os vereadores, como Ipaporanga, é incomum, mas não ilegal.

"O partido que vai alcançando o coeficiente eleitoral vai elegendo o vereador. O que deve ter acontecido nesse caso é que o PT deve ter feito uma chapa muito forte, deve ter alcançado o coeficiente eleitoral, e os outros partidos não devem ter alcançado o coeficiente nenhuma vez", apontou o docente.

Apesar de não haver uma ilegalidade, Felipe Braga destaca que o cenário pode afetar a competência da Câmara Municipal de fiscalizar as ações da prefeitura, isto é, do Poder Executivo municipal.

"Isso é ruim para a democracia, porque como é que vai ter oposição, fiscalização das atividades do município? Vai ficar tudo sobrecarregado nas costas do Ministério Público", completa.


Fonte: g1





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