“Muito perto de uma catástrofe global”, diz Trump após ataque do Irã contra Israel
O Irã realizou um ataque com mísseis contra Israel nesta terça-feira (1°). • 01/10/2024 REUTERS/Amir Cohen
Pessoas se protegem no acostamento de uma estrada em Tel Aviv, durante um alerta de mísseis lançados do Irã • Ilia Yefimovich/Getty Images
Ação seria uma resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros. • Ilia Yefimovich/Getty Images
Palestinos inspecionaram os destroços de um míssil disparado do Irã para Israel, após ele cair em uma área na cidade de Dura, província de Hebron, na Cisjordânia. • Foto de Mamoun Wazwaz/Anadolu via Getty Images
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump criticou nesta terça-feira (1º) a liderança do presidente Joe Biden e da vice-presidente Kamala Harris e disse que o mundo estava “saindo do controle” e “muito perto de uma catástrofe global” depois que o Irã lançou mísseis em direção a Israel.
“O mundo agora está saindo do controle”, disse Trump em um evento de campanha em Waunakee, Wisconsin.
“O Irã lançou 181 mísseis balísticos contra Israel e… Eu tenho falado sobre a Terceira Guerra Mundial há muito tempo. … Mas eles estão muito perto de uma catástrofe global”, o republicano acrescentou.
Trump continuou criticando o governo Biden: “Temos um presidente inexistente e um vice-presidente inexistente que deveriam estar no comando, mas ninguém sabe o que está acontecendo.”
A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã disse que o ataque se concentrou em alvos militares e de segurança israelenses e foi em resposta ao assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e outros.
Os militares israelenses — que inicialmente estimaram que cerca de 180 mísseis foram disparados — disseram que o ataque “terá consequências”.
O ex-presidente dos EUA disse mais tarde: “O mundo inteiro está rindo de nós. É por isso que Israel estava sob ataque há pouco tempo, porque eles não respeitam mais nosso país.”
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Fonte: CNN Brasil