O navio cargueiro MV Kathrin, apelidado de "Navio da Vergonha", é propriedade de um alemão, mas navega com a bandeira de Portugal no mastro. Ele tem sido sistematicamente impedido de atracar em portos dos mares Mediterrâneo e Adriático, pela suspeita de estar transportando explosivos perigosos destinados a Israel, que seriam usados em territórios palestinos, na guerra contra o Hamas.
No dia 27 de setembro, foi oficializado um pedido pelos dirigentes do navio pela retirada do pavilhão português ao Registo Internacional de Navios da Madeira. Assim, o cargueiro deixaria de navegar com as cores de Portugal estiadas no mastro, segundo o jornal português Público. No entanto, dez dias depois da demanda, a embarcação continuava a navegar com bandeira.
O movimento em cadeia evitando a atracação do navio nos mais diferentes portos é liderado por organizações dos direitos humanos. Estas alegam que ele transporta oito contêineres de um explosivo chamado RDX, também conhecido como Hexogeno, de alto poder destrutivo, encomendado pelo governo israelense.
Sofisticação das construções impressiona
De acordo com a Anistia Internacional, o carregamento fere a legislação do direito internacional que proíbe a transferência de armas para partes envolvidas em conflitos armados quando houver risco de execuções em massa e crimes de guerra. Por isso, começaram a pressionar o governo português para caçar o registro do navio.
O MV Kathrin já foi proibido de atracar na Namíbia, em Montenegro — seu destino original, Eslovênia, Croácia e ilha de Malta. Ele vem sendo monitorado desde que partiu do porto de Hai Phong, no Vietnã, no final de julho deste ano.
Fonte: O Globo