Ônibus é sequestrado por bandidos; passageiros foram assaltados e agredidos


Criminosos mandaram que passageiros fechassem as cortinas do coletivo, do tipo frescão, para que ninguém percebesse a ação criminosa

O ônibus assaltado e sequestrado por bandidos — Foto: TV Globo/Reprodução

Um ônibus da Viação Nossa Senhora do Amparo foi alvo de três assaltantes na manhã desta quinta-feira na Avenida Brasil. Passageiros foram assaltados e o motorista foi obrigado a sair do trajeto normal. Segundo relatos das vítimas, os criminosos estavam violentos e agitados. O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão). Os bandidos levaram dinheiro, celulares e pertences. Vítimas e testemunhas prestaram depoimento da 17ªDP (São Cristóvão). Segundo a polícia, diligências serão realizadas para apurar a autoria do crime.
 
Um dos bandidos manteve uma arma apontada para o motorista enquanto um segundo ameaçou atirar. Um passageiro levou uma coronhada, outros foram agredidos. As informações são do Bom Dia Rio. O ônibus havia saído de Maricá, na Região dos Lagos. Por volta das 5h50, quando o veículo passava pela Avenida Brasil, no trecho em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), em São Cristóvão, na Zona Norte, os três bandidos entraram no coletivo, aproveitando que o desembarque de um passageiro. Logo após entrarem no coletivo, eles anunciaram o assalto e mandaram que todos que estavam no ônibus fechassem as cortinas para que ninguém notasse a ação criminosa.

Os criminosos mandaram que o motorista retornasse pela Avenida Brasil, e o coletivo pegou o sentido Zona Oeste. Uma passageira teve a aliança arrancada do dedo. Segundo ela, foi a quarta vez que sofreu um assalto num intervalo de duas semanas. A mulher contou que na semana passada outro frescão que saiu de Maricá para o Rio também foi levado para a Maré.

"Bateram nos passageiros. Hoje foi 5h50. Pelo amor de Deus. É um terror, uma agressão psicológica muito grande que sofremos. A gente sai todo dia às 4h para trabalhar. Alguém tem que tomar uma providência nesse Rio de Janeiro. Optamos por morar em Maricá para ter sossego, mas temos que trabalhar no Rio", disse ao Bom Dia Rio.


Ela lembrou da abordagem violenta que sofreu:

"Levaram a minha aliança, eu fiquei com medo de perder o dedo porque ela não sai. Levaram o meu celular. Levaram o celular de todo mundo. E a pressão psicológica? Colocaram a arma na cabeça do rapaz para tirar o cordão. A gente ficou abaixado. A gente pede as autoridades que tomem providência. Três pivetes. Quem vai pagar R$ 35 para entrar no Caju e saltar no Castelo? Ninguém".

Outra vítima do assalto, um homem, contou que as ameaças começaram logo que dois bandidos passaram pela roleta — o terceiro ficou junto com o motorista.

"Um fez o motorista refém, e os outros dois atravessaram a roleta e começaram a ameaçar as pessoas. Eles chegaram a dar uma coronhada em um dos passageiros e foram até o fim do ônibus e questionaram se ele era polícia, porque se fosse iriam matá-lo. Eles também gritavam e perguntavam se (os passageiros) queriam perder a vida por causa de um telefone", relatou.


Ele também fez um desabafo sobre a violência no Estado do Rio:

"Um deles ameaçou dar um tiro para o alto, mas um outro disse que não precisava daquilo, porque ali só tinha trabalhador. Eles pegaram o ônibus, mandaram fechar a cortina, ficaram dando voltas e foram até um viaduto na Maré. Em seguida, eles desceram. Eles foram agressivos. É muito complicado. Você pega o ônibus as 4h, para vir trabalhar, e passa por isso aqui no Rio".

Após os criminosos fugirem, na altura da Penha, o motorista e os passageiros seguiram para a 17ª DP (São Cristóvão), onde o caso foi registrado.

Fonte: O Globo




Postagem Anterior Próxima Postagem