Operação da PF prende 6 pessoas, apreende cigarros contrabandeados e mais de R$ 5 milhões em dinheiro


"Operação Ressaca" cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão no Espírito Santo, em São Paulo e Minas Gerais.

Polícia Federal apreende R$ 5 milhões durante operação no Espírito Santo, Minas e São Paulo — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Seis pessoas foram presas e mais de R$ 5 milhões em dinheiro foram apreendidos durante uma operação na manhã desta quinta-feira (16) realizada no Espírito Santo, em Minas Gerais e São Paulo para combater a venda de cigarro contrabandeado do Paraguai. A "Operação Ressaca" foi uma ação conjunta da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Receita Federal.

As ações foram realizadas nos municípios de Vila Velha, Cariacica e Ecoporanga, no Espírito Santo, nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Cássia e Coronel Fabriciano, e no município paulista de Getulina. Dentre as prisões, quatro foram preventivas e duas prisões em flagrante.

O objetivo da operação foi desarticular integrantes de uma rede de distribuição nacional ilícita de cigarros contrabandeados ou falsificados, com atuação vários estados do país.

A operação contou com 90 policiais federais, dez policiais rodoviários federais e 12 auditores fiscais e analistas tributários para o cumprir quatro mandados de prisão e 21 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da 2ª Vara Federal Criminal de Vitória.

As equipes foram até casas, galpões, depósitos e escritórios vinculados aos responsáveis pela importação, fabricação, distribuição e comercialização ilegais de cigarros.

Dentre o material apreendido estão dinheiro em espécie (real, euro e dólar), carros de luxo, armas de fogo e cheques-calção emitidos por compradores. Segundo a PF, o dinheiro apreendido foi levado para ser contabilizado na Caixa Econômica Federal.

Os presos vão responder por associação criminosa, contrabando de cigarros, lavagem de dinheiro e posse ilegal de arma de fogo. As penas podem chegar até 22 anos de prisão.

Também foi determinada judicialmente a descapitalização dos integrantes do grupo criminoso, com a apreensão e o sequestro de bens.

"Grande indício de lavagem de dinheiro. Com o material apreendido, celulares, documentos, a gente vai verificar se o único crime cometido é de contrabando, crimes tributários ou se tem outros crimes também cometidos por esse grupo aqui do Espírito Santo", explicou o delegado da Polícia Federal, Lorenzo Espósito.


Investigação

As investigações policiais apontaram que o grupo investigado teria conexão com a montagem e o funcionamento da fábrica clandestina de cigarros descoberta pela Polícia Federal, em agosto de 2023, na Serra, Grande Vitória.

Na época, foram apreendidos maquinário de linha de produção de cigarros, insumos variados, como tabaco, filtro, cola, caixa, rótulo, plásticos para embalagem, além de mais de quatro mil caixas de cigarros já embalados para venda e veículos utilizados no transporte das mercadorias.

O delegado da PF destacou como os grupos de Minas e São Paulo chegaram até o estado e que uma distribuidora de bebidas era utilizada no esquema.

Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em depósitos de pessoas envolvidas em contrabando de cigarros durante operação no Espírito Santo — Foto: Divulgação/Polícia Federal

"São dois grupo criminosos que se aproximaram no ano passado. Esse grupo de Minas Gerais e São Paulo veio oferecer para esse grupo do Espírito Santo cigarros ilegais. Se apresentaram como representantes de cigarro contrabandistas do Paraguai e também de fábricas clandestinas do Brasil e ofereceram para esse que seria um potencial distribuidor regional. Aqui no Espírito Santo esse núcleo se tratava de um pai e um filho com um funcionário atuante. Eles tinham uma distribuidora de bebidas para dissimular, ocultar e dar uma visibilidade de licitude para o negócio deles. E além disso, eles vendiam e tinham vários galpões para poder movimentar essa mercadoria", disse o delegado.


Fonte: G1 ES




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