Operação de resgate mobilizou uma força-tarefa com mais de 250 policiais. Dois suspeitos foram detidos e um menor foi apreendido.
Os suspeitos de sequestrar a mãe de um empresário em Goiânia enviaram vídeos torturando a idosa para a família dela, segundo informações da Polícia Militar. Em um vídeo divulgado pela TV Anhanguera, a vítima, de 60 anos, aparece pedindo dinheiro para o resgate (assista abaixo).
"Por favor, manda o dinheiro. Eles vão cortar um dedo, depois outro", disse a mulher no vídeo.
Dois suspeitos foram detidos e um menor foi apreendido, conforme a Polícia Militar. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
O caso ocorreu na tarde de quinta-feira (10). Segundo a PM, a vítima foi abordada pelos criminosos ao chegar à sua casa, no Setor Santa Genoveva.
Conforme o coronel Samuel Batista, da da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), a operação de resgate mobilizou uma força-tarefa de mais de 250 policiais, com o uso de 80 viaturas, uma aeronave e o apoio de diversas agências de inteligência.
Uma neta adolescente da mulher, que estava na residência, contou à polícia que dois homens armados invadiram o local. Eles mantiveram a avó dela sob a mira e começaram a vasculhar toda a casa até encontrar um cofre.
Imagens de câmara de vigilância do local mostram quando um dos homens manobra e estaciona o carro dentro da garagem da vítima.
De acordo com a Polícia Militar, os criminosos exigiram que a idosa fornecesse a senha para abri-lo. Como ela afirmou não saber os números, eles a torturaram psicologicamente e fisicamente, conforme relatou outro familiar ouvido pela TV Anhanguera.
“Depois que eles não conseguiram êxito na questão psicológica, até porque ela não sabia a senha, começaram a agredi-la fisicamente, com alicate, apertando os dedos dela e dando coronhadas na cabeça”, disse o homem.
Sem obter o que queriam no local, o parente da vítima contou que os assaltantes obrigaram a idosa a entrar em um veículo, levando também o cofre.
A Equatorial foi procurada, uma vez que, de acordo com testemunhas, os homens usavam uniformes da companhia. A empresa informou que apura os fatos e que "adota rigorosos padrões éticos em suas contratações" - veja nota na íntegra abaixo.
Íntegra da nota da Equatorial:
"A Equatorial Goiás informa que já está em contato com a Polícia Civil e apoia as investigações das autoridades. A distribuidora salienta que pelas imagens apenas um dos homens estava usando uniforme, que é de uma empresa prestadora de serviços, portanto, não tem relação com colaboradores próprios da concessionária.
A companhia destaca ainda que adota rigorosos padrões éticos em suas contratações e de todas suas prestadoras de serviço, e reprova qualquer tipo de desvio de conduta."
Fonte: g1 GO