Turista morre após mergulho profundo em Fernando de Noronha


Homem de 43 anos foi vítima da doença descompressiva durante atividade a 62 metros de profundidade na Corveta Ipiranga

 
Vista a partir do Forte Nossa Senhora dos Remédios, em Fernando de Noronha • Foto: Instagram/ Binabinapic/ Reprodução

Um turista de 43 anos, natural de Belo Horizonte (MG), morreu na terça-feira (15) após realizar um mergulho autônomo com cilindro na Ilha de Fernando de Noronha.

O homem desceu em uma área de 62 metros de profundidade, na Corveta Ipiranga, um dos pontos mais populares da ilha para a prática. De acordo com a equipe médica da ilha, o turista, que não teve a identidade revelada, teria sido vítima da doença descompressiva.

Em nota, a administração da ilha confirmou a morte e detalhou o ocorrido. “A Administração de Fernando de Noronha informa que o paciente, de 43 anos, deu entrada na tarde de terça-feira (15) no Hospital São Lucas, trazido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), apresentando sintomas respiratórios e rebaixamento de consciência após um mergulho profundo com cilindro.”

A doença descompressiva, que pode ocorrer em mergulhos profundos, foi identificada como a causa da morte, segundo a equipe médica local.

De acordo com a administração, o turista recebeu atendimento imediato e foi submetido à terapia hiperbárica no hospital, o que inicialmente levou a uma melhora de seu quadro clínico.

No entanto, momentos depois, o homem sofreu uma parada cardiorrespiratória. “O paciente foi submetido a procedimentos de reanimação por cerca de 1 hora e 30 minutos, mas não resistiu”, concluiu a nota oficial.

O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife na quarta-feira (16) para confirmação da causa da morte.


Doença descompressiva

A doença descompressiva ocorre quando bolhas de gás, como nitrogênio, se formam no sangue devido à alta pressão em mergulhos profundos.

Durante o mergulho, gases inertes dos cilindros se dissolvem nos tecidos do corpo, e quanto maior a profundidade e o tempo de mergulho, maior a quantidade de gases absorvidos.

A subida à superfície precisa ser controlada para evitar complicações, como a formação dessas bolhas. Se não tratada, a doença pode ser fatal. O tratamento é feito com a ajuda de uma câmara hiperbárica, onde o paciente respira oxigênio puro para eliminar os gases e reverter os sintomas.


Fonte: CNN Brasil





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