Relatório mostra aumento no interesse por práticas fetichistas, com maior adesão entre mulheres millennials em relacionamentos heterossexuais.
Casais exploram novas práticas para fortalecer a conexão íntima.
Casais estão experimentando práticas sexuais alternativas para melhorar seus relacionamentos, segundo uma nova pesquisa do Relatório de Intimidade 2024 da Arya, plataforma de concierge erótico personalizada. O levantamento revelou que 35% dos usuários do site desejam explorar o universo do fetiche. A pesquisa contou com 100 mil participantes.
Os adeptos a experimentação afirmaram combinar práticas fetichistas com momentos românticos e jogos de sedução, buscando equilibrar a intensidade erótica com a intimidade.
As preferências mais comuns incluem práticas sensoriais, bondage e sexo oral.
Os casais que incorporaram novas experiências sexuais, incluindo fetiches, relataram maior satisfação em seus relacionamentos. Aproximadamente 73% dos entrevistados afirmaram se sentir mais próximos de seus parceiros após experimentarem práticas eróticas.
Entre os usuários da Arya, mulheres millennials em relacionamentos heterossexuais representam o maior grupo demográfico, embora os parceiros masculinos dessas mulheres sejam mais propensos a continuar utilizando o aplicativo. Segundo a Dra. Laurie Mintz, autora de "Becoming Cliterate: Why Orgasm Equality Matters — And How to Get It", a personalização das experiências eróticas pode auxiliar as mulheres a se expressarem melhor e comunicarem suas necessidades, especialmente em um contexto onde a satisfação feminina ainda enfrenta desafios.
O aumento de interesse em práticas alternativas não se restringe a casais. O Feeld, um aplicativo de encontros para "pessoas de mente aberta", registrou um aumento de 190% em usuários ativos mensais e uma alta de 550% nas assinaturas pagas. No entanto, usuários assíduos têm criticado a popularização da plataforma, que estaria atraindo homens heterossexuais em busca de relacionamentos mais convencionais, o que pode expor mulheres a situações de risco.
Fonte: O Globo