Fruta tropical que floresce em quase todo o Brasil ainda é pouco aproveitada por aqui, alertam os nutricionistas
Em busca de um estilo de vida saudável, mais pessoas têm incluído frutas diferentes na alimentação. Uma fruta tropical que floresce em todo o Brasil e é rica em nutrientes pode ser uma boa alternativa para quem quer ter uma saúde melhor.
Trata-se do cajá, dono de característico sabor ácido e amargo, mas que esconde em sua polpa nutrientes essenciais para o organismo. Conhecido também como cajá-manga e taperabá, o fruto é rico em vitamina C, fibras, cálcio e potássio. Além disso, é pouco calórico, com 38 kcal a cada 100 gramas, menos que outras frutas populares como maçã, laranja e banana.
Os benefícios do cajá
Entre os principais benefícios do fruto estão seus fatores antioxidantes e fotoprotetores, que ajudam a manter uma boa saúde da pele e o organismo protegido. “O cajá é uma fruta completa”, resume o nutricionista Gabriel Moliterne, do Hospital Albert Sabin de São Paulo (HAS).
“O cajá é cheio de vitamina C, carotenoides e flavonoides, que são antioxidantes. Esses antioxidantes fortalecem o sistema imunológico, fazem bem para os olhos, para a pele, além de terem uma ação anti-inflamatória, ajudando a reduzir o acúmulo de colesterol nas artérias. Entre os carotenoides, ela possui betacaroteno, um fotoprotetor natural”, explica Moliterne.
A fruta ainda possui uma boa quantidade de fibras, que ajudam a dar uma sensação de saciedade e regulam o funcionamento do intestino, o que pode ter um papel importante para quem está buscando emagrecer.
Além disso, o fruto possui muitos minerais. “Ele é muito rico em cálcio, potássio e ferro, contribuindo para a saúde dos músculos, ossos e ajudando a regular a pressão arterial. É raro a gente encontrar frutas ricas em ferro. O cajá pode ser um coringa para a alimentação especialmente de veganos, que têm uma lista menor de alimentos ricos no nutriente”, completa a nutricionista Patrícia Leite, do Rio de Janeiro.
Apesar de tantos benefícios, os nutricionistas avaliam que o alimento ainda está longe de ser incluído com mais presença na alimentação dos brasileiros. “É uma fruta até bastante explorada no Nordeste e no Norte, mas ela muitas vezes é incluída em preparos de doces e compotas com muito açúcar, o que compromete os benefícios que ela poderia fornecer”, completa.
Quem não pode comer a fruta?
Só devem moderar o consumo as pessoas que tenham complicações gástricas, como gastrite e úlcera. “Para estes indivíduos, o cajá pode causar um pouco de desconforto, já que ele é bem ácido. Além disso, quem tem problemas renais ou histórico de alergias à fruta tropical deve ter um pouco mais de cautela no consumo”, aconselha Moliterne.
Fonte: Metrópoles