Participação de voluntários está ajudando a revolucionar a medicina. Saiba como se inscrever
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que pode comprometer diversos órgãos ou sistemas do corpo humano, como rins, coração, pulmões, sangue e articulações, além da pele. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que entre 150 mil e 300 mil pessoas convivam com essa condição no Brasil, sendo a maioria mulheres.
De acordo com o Ministério da Saúde, das mais de 80 doenças autoimunes conhecidas, o Lúpus é uma das mais graves.
Embora o tratamento para a patologia tenha avançado, ainda há uma necessidade urgente de desenvolver outras terapias que possam oferecer maior qualidade de vida aos pacientes. Nesse contexto, as pesquisas clínicas desempenham um papel fundamental. Pois é por meio delas que novas medicações são aprovadas e disponibilizadas para a população.
Atualmente, o Instituto de Pesquisas Clínicas L2iP, em Brasília (DF), está conduzindo um estudo (inscreva-se aqui) visando a retardar a progressão do LES. O estudo com anticorpos monoclonais de sétima geração objetiva atuar diretamente no foco da doença.
“São medicamentos que propõem mudar o curso da doença, impedindo a evolução do quadro clínico. Estamos em um caminho bastante promissor de um tratamento realmente revolucionário.”Dr. Eduardo Vasconcellos, diretor da L2iP
De acordo com o médico responsável pelo estudo no Distrito Federal, os pacientes com Lúpus, geralmente, utilizam medicamentos para tratar apenas os sintomas, como antimaláricos e anti-inflamatórios. A proposta da nova medicação é ir além, proporcionando um melhor prognóstico a longo prazo.Vinícius Schmidt.
Para Eduardo Freire Vasconcellos, MD, MSc, PhD e investigador na pesquisa clínica, os resultados dos estudos no combate ao Lúpus são otimistas |
O estudo está na fase 3, a última fase antes da aprovação, e conta com resultados preliminares positivos. Os pacientes voluntários têm apresentado melhoras nas lesões da pele, além da redução nas queixas de dores.
“Acredito que os pacientes de Lúpus, nos próximos cinco anos, vão ser felizmente brindados com um leque de opções de tratamento muito diferente de tudo que já fizeram”, afirma o diretor.
Participar de pesquisas clínicas oferece aos voluntários acesso a tratamentos inovadores e acompanhamento médico especializado sem custos.
Além de contribuir para o avanço da medicina, os voluntários recebem monitoramento contínuo, garantindo a segurança durante o estudo.
Busca por voluntários
Para essa nova fase do estudo, o Instituto de Pesquisas Clínicas L2iP busca por voluntários que tenham LES ativo e que estejam dispostos a auxiliar na jornada para a aprovação de um novo medicamento.
Nessa etapa, é medida a eficácia e segurança do medicamento em comparação ao tratamento padrão já existente. Os pacientes são divididos, com uma parte recebendo a nova droga enquanto a outra parcela dos voluntários segue com o “placebo”, mais medicação usual.
“Vale ressaltar que já passamos pela fase 1 e 2, em que já foram estabelecidas as doses adequadas, quais são os efeitos colaterais e a efetividade do medicamento”, pontua o dr. Eduardo Vasconcellos.
No Brasil, esses estudos são rigorosamente supervisionados por órgãos como a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), o que assegura a proteção dos direitos e o bem-estar dos participantes.
Como participar
O paciente com Lúpus ativo, que tenha tido o diagnóstico a pelo menos seis meses, pode procurar o L2iP e preencher a ficha de inscrição para participar do estudo. Após esse processo, a pessoa é encaminhada para uma avaliação com especialistas do instituto de pesquisa.
Antes de qualquer procedimento, se a pessoa atender aos critérios necessários para essa etapa, será apresentado a ela um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Esse documento deve ser lido e assinado, garantindo que o paciente compreenda todas as informações relacionadas ao tratamento. Somente após a assinatura do TCLE é que os procedimentos e o tratamento poderão ser iniciados.
Além da pesquisa clínica do LES, o instituto está conduzindo outros estudos, a maioria de doenças crônicas.
Veja alguns dos estudos que estão com inscrições para participar abertas:Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
- Lúpus discoide
- Retocolite Ulcerativa
- Sobrepeso ou obesidade com doença cardiovascular e/ou doença renal crônica
- Diabetes tipo 2
- Elevado nível de Lipoproteína (a)
- Polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (PDIC)
- Esclerose Múltipla
- Fibrilação Atrial
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
- Fibrose Pulmonar Idiopática
- Demência Frontotemporal
- Esclerose Múltipla
- Oligospermia (baixa contagem de espermatozoides no sêmen)
Acesse e veja todos os estudos em recrutamento.
A participação de voluntários é crucial para que novas terapias possam ser validadas e liberadas para o uso público.
Graças a essa contribuição que novas opções de tratamento para doenças crônicas continuam a surgir, beneficiando não apenas os envolvidos nas pesquisas, mas toda a sociedade.
Entre em contato e saiba mais por meio do número (61) 9 8296-0015.
L2iP
O L2iP é um centro de pesquisas clínicas multi-terapêutico dedicado à entrega especializada de opções de tratamento para voluntários.
Desde 2014, o instituto tem atuado na condução de estudos clínicos de fase 2 à fase 4. Entre as contribuições clínicas de relevância, o L2iP participou da aprovação das vacinas contra a Covid-19.
Atualmente, conta com 39 pesquisas em andamento, com algumas delas incluindo novos pacientes.
Fonte: Metrópoles