Espírito Santo discute soluções climáticas com governos subnacionais no G20



No âmbito do G20, encontro das principais economias do mundo, realizado pela primeira vez no Brasil entre a última quinta-feira (14) e sábado (16), o Espírito Santo foi representado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) em duas agendas importantes sobre sustentabilidade financeira e transição verde, no Rio de Janeiro.

O diretor de Administração, Riscos e Finanças do Bandes, Sávio Caçador, participou de um dos painéis principais, na quinta-feira (14), ocasião em que esteve representando o Governo do Estado capixaba. Já na quarta-feira (13), a diretora Operacional do banco, Gabriela Vichi, também participou de um evento paralelo da programação, voltado ao papel dos bancos de desenvolvimento na promoção de práticas sustentáveis e na transição energética.

Finanças sustentáveis e a transição verde no ES

O pitch conduzido por Sávio Caçador teve como tema central a “Preparação Climática e Sustentabilidade como Estratégia para Enfrentar os Desafios Financeiros dos Governos Subnacionais”. O painel contou também com a participação de representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Gap Fund, buscando soluções conjuntas para a integração de temas climáticos às agendas governamentais para uma economia mais sustentável. Nesse espaço, o diretor abordou o papel do Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), como referência de inovação financeira para governos subnacionais enfrentarem os desafios climáticos e econômicos.

Instituído para proteger a economia capixaba da volatilidade dos royalties de petróleo, o Fundo coordenado pelo Bandes é direcionado a investimentos inovadores e sustentáveis, como o Programa Funses ESG Debêntures, que fomentou o ambiente de negócios e a economia regional capixaba, impulsionando empreendimentos compromissados com o desenvolvimento sustentável.

“O Fundo Soberano do Espírito Santo é um mecanismo fundamental para o desenvolvimento sustentável capixaba, de modo que viabiliza o direcionamento de recursos naturais finitos para projetos que contribuam com a inovação local e possam promover a sustentabilidade e a adaptação climática. Nosso objetivo é contribuir para um futuro onde crescimento econômico e responsabilidade ambiental caminhem lado a lado”, frisou Sávio Caçador.

Já no dia anterior, na quarta (13), a diretora Operacional do banco, Gabriela Vichi, esteve presente na mesa “Catalisadores Climáticos: O Papel dos Bancos de Desenvolvimento e Alianças no Financiamento da Transição Verde no Brasil”. Junto a representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do BID, Gabriela Vichi discutiu como o Bandes tem adotado instrumentos financeiros inovadores para apoiar projetos de transição energética no Espírito Santo, como linhas de crédito específicas e parcerias com redes verdes e organizações internacionais, alinhando a agenda local com metas globais de sustentabilidade.

Para Gabriela Vichi, os bancos de desenvolvimento subnacionais têm papel fundamental na discussão da transição climática do Brasil. “Os bancos subnacionais conhecem as peculiaridades e realidades dos territórios onde atuam, portanto possuem maior capacidade de alocar recursos de forma a direcionar esforços para as iniciativas de maior impacto localmente. O Bandes tem se estruturado tanto internamente, como com soluções financeiras estratégicas para contribuir com as ações e metas do Plano de Descarbonização Capixaba. Compartilhar a estruturação da Agenda Climática do Bandes no evento paralelo ao G20 permitiu demonstrar, na prática, como o Banco de Desenvolvimento tem papel central para escalar o impacto das finanças sustentáveis na construção de uma economia resiliente e preparada para o futuro”, ressaltou.

Sobre o G20

O G20 deste ano reúne lideranças de governos, bancos de desenvolvimento e organizações de impacto social em um esforço coletivo para fortalecer as iniciativas de sustentabilidade e resiliência econômica. Além das sessões principais que incluem cerca de 300 eventos, a programação paralela inclui temas fundamentais como financiamento climático, redes verdes e a cooperação entre os países participantes.

A participação do Bandes é tida como parte do compromisso do Espírito Santo com soluções inovadoras, alinhando o estado às principais tendências internacionais de desenvolvimento sustentável e econômico.

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