Mulher prestou queixa contra o ex e mencionou ameaça dias antes de ser morta a facadas, diz delegado


Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu e o ex-companheiro, Rogério dos Santos Jesus, de Guariba (SP) — Foto: Reprodução/EPTV

De acordo com a polícia, Élida Abreu, de 39 anos, vivia um relacionamento conturbado com Rogério dos Santos, principal suspeito do crime em Guariba (SP). Ele não foi encontrado pelas autoridades desde a morte da vítima.

Dias antes de ser encontrada morta a facadas em Guariba (SP), Élida Renata Benedito de Oliveira Abreu, de 39 anos, prestou queixa por violência doméstica na polícia e mencionou ao filho uma ameaça de morte, segundo o delegado que investiga o caso, Reginaldo Felix.

De acordo com o delegado, foram ao menos cinco boletins de ocorrência por violência doméstica, além de uma medida protetiva, que a vítima tinha contra Rogério dos Santos, de 32 anos, principal suspeito do feminicídio, em meio a um relacionamento conturbado, marcado por brigas e reconciliações. O último registro foi feito no dia 5 de novembro.

"Ele a ameaçava, agredia ela fisicamente, depois ela voltava atrás e permitia que ele voltasse a morar junto com ela e as ameaças iam se reiterando", diz.

Além disso, segundo Felix, um filho da vítima relatou que três dias antes do crime a mãe reclamou que ela tinha sido ameaçada de morte pelo suspeito.

"O filho inclusive foi ouvido, diz que a última vez que ele teve contato com a mãe foi no dia 7 de novembro. A mãe reclamou pra ele que novamente tinha sido ameaçada de morte pelo suspeito, então já era recorrente essa relação conturbada entre os dois."


Morta a facadas

O crime aconteceu na casa da vítima. Avisados por vizinhos, que ouviram gritos da vítima, policiais militares foram ao local por volta das 6h de domingo (10).

Élida morreu no local, e a perícia constatou que ela foi golpeada pelo menos 22 vezes, a maioria nas costas, mas também na garganta, na mão e no rosto.

De acordo com Felix, a polícia apurou ainda que uma terceira pessoa - uma testemunha não identificada pelas autoridades - estava na casa no momento das agressões e também foi agredida por tentar proteger Élida, mas sobreviveu depois de fugir do agressor.

No local, a perícia levantou indícios que levantam a suspeita de que Rogério havia voltado a morar com a mulher e que ela foi morta enquanto dormia.

O suspeito não foi encontrado pelas autoridades até a última atualização desta reportagem, assim como a arma usada no crime. O g1 tenta contato com a defesa de Rogério.

Fonte: G1




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