Polícia confirma que corpo encontrado carbonizado é de jovem que desapareceu há dois meses no ES

Beidy Eleotério Gonçalves tinha 27 anos. Ela saiu de casa no dia 2 de setembro, em Alegre, no Sul do estado.

Corpo da jovem trans Beidy Eleotério Gonçalves, de 27 anos, foi encontrado carbonizado em Guaçuí. Espírito Santo — Foto: Reprodução

Polícia encontra corpo de jovem trans que desapareceu há dois meses em Guaçuí

A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira (9), que o corpo encontrado carbonizado em uma área de mata, em Guaçuí, é da jovem trans Beidy Eleotério Gonçalves, de 27 anos, que desapareceu no dia 2 de setembro, em Alegre, cidade vizinha, também no Sul do Espírito Santo.

O corpo foi encontrado na região de São Felipe, zona rural do município, no dia 3 de setembro, um dia após o desaparecimento. Entretanto, não havia a confirmação que era da jovem e foi necessário a realização de um exame de DNA. O resultado apontando a compatibilidade com a família da vítima saiu apenas nesta semana.

O laudo da Polícia Científica apontou que Beidy morreu por causa das queimaduras, não havia sinais de agressões ou perfurações de armas de fogo.

Durante o tempo em que foi considerada desaparecida, toda a família se mobilizou para realizar buscas, em diferentes cidades do Sul do estado. Uma manifestação também foi feita no Centro de Alegre, pedindo por informações sobre Beidy.

A família da jovem informou que o sepultamento deve acontecer na segunda-feira (11).

Amigos e familiares de Beidy Eleotério Gonçalves de 27 anos fizeram manifestação pedindo por informações sobre a amiga, desaparecida em Alegre. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Segundo o titular da Delegacia de Alegre, delegado Fábio Teixeira Machado, o caso até então era tratado como desaparecimento, mas, a partir de agora, será tratada como homicídio.

A investigação será conduzida pela Delegacia de Guaçuí, devido a localidade onde o corpo foi encontrado.

De acordo com a Polícia Civil, ainda não há esclarecimento sobre a motivação do crime ou autoria definida, e a investigação vai continuar.


Relembre o caso

Câmeras de segurança registraram a última vez em que moradores viram Beydi Eleotério Gonçalves. Ela estava andando na noite do dia 2 de setembro em uma rua do bairro Vila do Sul, em Alegre.

As imagens mostram Beydi passando pela rua, próximo a um bar, às 19h56. Desde então, parentes e moradores não tiveram mais notícias.

Família de Beidy Eleotério Gonçalves, de 27 anos, pede informações sobre a mulher trans que está desaparecida desde o dia 2 de setembro em Alegre, Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Um mês após o desaparecimento, a irmã da jovem, Élika Eleotério, disse ao g1, que Beydi morava com a família e estava desempregada quando sumiu.

A mãe da desaparecida, Laura Eleotério, disse que antes de sair, pediu para a filha ficar.

"Eu falei assim, não vai pra rua, meu filho. Mas falou ele que ia ali e já voltava. Nem tava arrumado não, saiu e falou que já voltava", comentou a mãe.

A mãe também contou que a filha saiu de casa apenas com a roupa do corpo, os documentos e não levou o celular. A dona de casa relembrou que horas antes de sair, tirou uma foto da filha.

"Eu ligando para ele, achando que estava com o telefone, aí eu resolvi levantar do sofá e vi lá no quarto dele o telefone em cima da cama", disse.

Fonte: G1


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