Surto elétrico: o que é e como proteger seus eletrônicos em casa


Filtros de linha, DPS e disjuntores são alguns dos itens que podem te ajudar a se prevenir contra a perda de aparelhos elétricos.

Com medo de um surto elétrico? Veja como se proteger — Foto: PvProductions/Freepik

Com o calor chegando, as tempestades de verão e o uso contínuo de muitos aparelhos – ar-condicionado, geladeira, ventilador – começa a bater o medo de um surto elétrico acontecer e queimar os eletrônicos.

⚡ Eles acontecem quando há uma elevação repentina na tensão da rede elétrica e são mais frequentes em áreas onde a instalação elétrica é antiga e sofre com a falta de manutenção. Áreas industriais – onde equipamentos pesados gastam muita energia – também estão mais sujeitas a surtos.

🌩️ Outro risco é quando a eletricidade volta depois de um apagão, já que isso pode causar um pico de energia. Por isso, os surtos elétricos também têm mais chance de acontecer em dias de chuvas fortes e tempestades de raios.


Segundo a Elgin, os principais riscos do surto elétrico são:
  1. Danos aos equipamentos: a sobrecarga de aparelhos eletroeletrônicos pode causar a queima de componentes e gerar falhas permanentes.
  2. Perda de dados: corrupção de dados e perdas de informações essenciais.
  3. Incêndio: a elevação de corrente gerada por um surto pode aquecer os cabos e componentes, gerando risco de curto-circuito e, consequentemente, incêndio.
  4. Acidentes: em casos mais graves, os surtos elétricos podem gerar ferimentos devido à proximidade das pessoas com equipamentos e estruturas, especialmente em ambientes industriais.
Para se proteger, é importante realizar manutenções periódicas na rede elétrica e no sistema de aterramento para corrigir problemas antes que eles se agravem.

"O uso consciente dos equipamentos elétricos também é importante. Evitar sobrecarregar tomadas e reduzir o uso simultâneo de aparelhos de alto consumo ajudam a prevenir surtos e prolongam a vida útil dos dispositivos", conta Fernando Moreira, head de marketing da Steck.

Também se pode fazer uso de equipamentos que ajudam na prevenção de problemas mais graves. Abaixo, o Guia de Compras selecionou alguns itens para esse fim, com preços desde R$ 40 a até R$ 900.

Mas fique atento: nem todos podem ser instalados sem ajuda profissional, já que mexer na rede elétrica sozinho e sem conhecimento técnico pode ser muito perigoso.


Itens que não precisam de instalação profissional

Menos eficientes que os produtos instalados diretamente na rede elétrica, estes itens servem para garantir a proteção de um ou dois aparelhos por vez.


Filtros de linha

Os filtros de linha são equipamentos que ampliam a quantidade disponível de plugues para uma tomada.

Não devem ser confundidos com extensões (também conhecidas por réguas): “Ambos aumentam o número de tomadas disponíveis, mas diferem na proteção oferecida aos aparelhos”, explica Douglas Muniz, especialista em informática da Elgin.

“A extensão interliga sistemas elétricos que estão distantes entre si. Já o filtro de linha, além de multiplicar o número de tomadas, atua contra a sobrecargas e curtos-circuitos, graças a componentes eletrônicos ou fusíveis que protegem contra picos de energia”, diz Muniz.

Se o filtro de linha detecta um aumento repentino de eletricidade na direção do seu dispositivo, ele queima os próprios fusíveis para liberar a energia e poupar seu aparelho.

Vale lembrar que existem também as versões de um plugue só, voltadas para a proteção de um único aparelho ligado na rede elétrica. Elas podem receber nomes como, por exemplo, "protetor de geladeira", mas, no fim, ainda são filtros de linha.


Nobreaks

O nobreak estabiliza a tensão elétrica e possui uma bateria interna.

“O nobreak atua principalmente para garantir a continuidade de fornecimento de energia”, explica a Intelbras. “Havendo raios ou outras causas de surtos elétricos, ele tem como função evitar que essa descarga chegue até os equipamentos que está alimentando”.

Ou seja, você conecta o seu computador a um nobreak para que o dispositivo não desligue caso aconteça alguma falha elétrica e tem tempo de salvar trabalhos, jogos ou qualquer outra atividade que estiver fazendo.


Itens que precisam de instalação profissional

Os produtos que conseguem garantir o maior nível de segurança geralmente são aqueles que são instalados diretamente na rede elétrica da residência.

Para isso, é essencial que um profissional capacitado seja chamado para fazer a instalação e a manutenção desse tipo de produto, para evitar acidentes. “O improviso aumenta o risco de instalações mal dimensionadas e, portanto, inseguras”, alerta Fernando Moreira, da Steck.


Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS)

Mais conhecidos pela sigla do que pelo nome inteiro, esses dispositivos fornecem uma das mais seguras opções de proteção da casa.

“Estes equipamentos são instalados nos quadros de distribuição de energia e desviam os surtos de tensão para o sistema de aterramento, protegendo toda a instalação”, explica Marcel Serafim, diretor executivo de bens de consumo da Elgin.

“São projetados para detectar a presença de sobretensões transitórias e neutralizá-las antes de danificarem qualquer dispositivo”, completa a Intelbras.

Segundo a Intelbras, são indicados para proteger itens mais robustos, como linhas de telecomunicações e painéis solares, assim como quaisquer aparelhos domésticos.

O consumidor deve fazer a escolha do modelo correto junto a um eletricista, já que existem 3 categorias de DPS indicadas para locais em situações distintas, considerando o tipo de edifício e a presença de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (conhecidas como SPDA).

"É importante escolher a tensão correta e verificar se a corrente é nominal ou máxima. Além disso, o cabo do DPS deve ser o mais curto possível, idealmente com menos de meio metro”, afirma Fernando Moreira.


Disjuntores

Os disjuntores de baixa tensão são os mais comumente encontrados nas residências. Eles protegem os circuitos onde correm as correntes elétricas que alimentam as lâmpadas e as tomadas da casa.

“Os disjuntores têm disparo livre, que garante o desligamento automático do circuito em caso de sobrecarga ou curto-circuito, mesmo se a manopla estiver travada na posição ‘ON’. Isso contribui para maior segurança, eficiência e economia em instalações elétricas”, diz Fernando Moreira.

Fonte: G1




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