VÍDEO: Estudante é presa após se despir em sinal de protesto


Vídeo mostra jovem da universidade Azad de Teerã caminhando pelas ruas usando roupas íntímas

Legenda: Universitária foi presa após protestar vestindo apenas roupas íntimas no Irã
Foto: Reprodução/Redes sociais

Uma estudante, cuja identidade não foi revelada, foi presa no Irã após se despir em sinal de protesto contra o assédio de milicianos da Guarda Revolucionária foi detida, informaram grupos ativistas nas redes sociais no último sábado (2). Segundo eles, a jovem da universidade Azad, de Teerã, era assediada por membros da milícia Basij.

Em sinal de protesto, a aluna se despiu em frente à instituição e caminhou pelas ruas usando roupas íntimas, de acordo com um vídeo. Publicada primeiramente pelo site estudantil iraniano Amir Kabir, a filmagem foi compartilhada por diversos sites em persa, incluindo o site Dadban, o grupo de defesa dos direitos humanos Hengaw e o portal de notícias Iran Wire.

O vídeo parece ter sido filmado por moradores de um prédio próximo. Outras imagens mostram a jovem sendo jogada dentro de um carro por homens vestidos à paisana. Segundo o site Amir Kabir, a estudante foi agredida durante a prisão.

A agência de notícias iraniana Fars relatou o incidente e publicou uma foto da estudante com a imagem desfocada. De acordo com a mesma fonte, a jovem usava roupas "inapropriadas" em sala de aula e se "despiu" após ser advertida pelos agentes de segurança.

A lei islâmica no Irã impõe um rígido código de vestimenta para as mulheres, obrigando-as a usar véu e roupas folgadas que disfarcem as formas do corpo.

Segundo a Fars, citando "testemunhas", os agentes conversaram "calmamente" com a jovem e não agiram de maneira agressiva.

As mulheres iranianas foram protagonistas de um movimento de protesto sem precedentes no país após a morte da jovem curda Mahsa Amini, em setembro de 2022, que foi presa por não cumprir o código de vestimenta.

O movimento Mulher, Vida, Liberdade foi reprimido massivamente pelas autoridades iranianas, com pelo menos 551 mortos e milhares de pessoas detidas, segundo ONGs.

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Fonte: Diário do Nordeste




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