Ex-PM serial killer suspeito de matar mais de 10 pessoas é assassinado a tiros em região de garimpo


Gilson Viana de 43 anos é suspeito de assassinar ao menos 12 pessoas — Foto: Arquivo pessoal

Gilson Viana de 44 anos, conhecido como 'Mutum' ou 'Cabeça Seca' havia fugido do sistema prisional em 2023 enquanto participava de um projeto de ressocialização. Ele foi classificado pela Polícia Civil como serial killer pela forma em que cometia os crimes.

O ex-policial militar, identificado como Gilson Viana, de 44 anos, suspeito de assassinar ao menos 12 pessoas foi morto a tiros após uma discussão com colegas em uma região de garimpo ilegal na Terra Yanomami nesta segunda-feira (16).

Ele é suspeito de ser pistoleiro em região de garimpo ilegal em Roraima. Viana foi preso em 2021 pela Polícia Civil e tinha três mandados de prisão em aberto mas fugiu em outubro de 2023.

A Rede Amazônica apurou que o suspeito da morte era um colega de garimpo. Gilson estava bebendo com os colegas quando começou a discussão que culminou nos tiros. Ele morreu em uma área conhecida como "garimpo do Rangel", na região de Surucucu, uma das mais exploradas pelos invasores dentro do território.

Ele foi enterrado enrolado dentro da rede em que dormia no garimpo. A família agora tenta trazer o corpo para Boa Vista.

Conhecido como "Mutum" ou "Cabeça Seca", ele foi classificado pela Polícia Civil como serial killer pela forma em que cometia os crimes.

Em 2023, Gilson fugiu do sistema prisional de Roraima enquanto participava de um curso do projeto de ressocialização "Renascer". O curso era ministrado na sede do projeto. Ele burlou a escolta dos policiais penais e conseguiu fugir.

À época da prisão do ex-policial, a defesa pediu transferência dele da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) para a Cadeia Pública de Boa Vista. Isto porque, segundo o advogado, ele podia ser morto caso presos de facção descobrissem que ele já fez parte da PM. O pedido foi atendido.

Na ocasião da prisão, em 2021, foram encontrados fardamentos e acessórios de uso exclusivo da PM e mochilas contendo kits de sobrevivência na selva, como acessórios de armas de fogo calibre .40 e munições calibre 38.


Crimes

Entre a série de homicídios, ele é suspeito de ser o autor de um ataque a tiros em uma distribuidora de bebidas, que deixou dois mortos e dois feridos em maio de 2021. As investigações da Polícia Civil também apontavam o envolvimento do suspeito como "pistoleiro" na região de garimpo ilegal.

“Uma das linhas de investigações, é a atuação dele na atividade de ‘pistolagem’. Não está descartado esse apontamento, por conta dessa declaração dele e, também, de elementos que obtivemos em momento anterior à prisão dele, que indicavam que havia uma movimentação constante para o interior do estado, para região de mata”, disse Marcos Lázaro, diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) ao g1 à época da prisão.

Na ocasião, o ex-policial confirmou ao delegado os crimes dos três mandados de prisão, mas negou a autoria dos outros crimes. Os primeiros registros de homicídios cometidos pelo ex-policial são de 2011, conforme o delegado.

Entre os anos de 2013 e 2014, com a solução de alguns inquéritos, a linha de investigação é que se tratava de um serial killer. Ele chegou a ser preso em flagrante por homicídio. O procedimento foi encaminhado à PM, e resultou na expulsão dele da corporação em 2015.

Gilson Viana era sentenciado à pena de sete anos e quatro meses em regime fechado por uma tentativa de homicídio.

Fonte: G1








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