O que se sabe sobre a investigação contra filha suspeita de matar o pai por causa de herança de R$ 3 milhões

 

Herança inclui 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e uma quantia em dinheiro em conta bancária. Filha da vítima era a única herdeira.

Homem foi morto em Campinorte, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma mulher foi presa suspeita de mandar matar o pai por causa de uma herança avaliada em R$ 3 milhões, segundo a Polícia Civil. De acordo com o delegado Peterson Amin, ela teve ajuda do marido para organizar o crime. O casal foi preso em Campos Verdes, no norte de Goiás.


Veja o que se sabe sobre o caso:
  • Como foi a morte?
  • Qual a motivação?
  • Qual a herança deixada?
  • O que a filha fez com o patrimônio?
  • O que o casal disse à polícia?
  • Quanto foi prometido pela execução?
  • Quem denunciou crime?
  • Quem foi preso?
  • O que diz a defesa?

Como foi a morte?

Segundo a Polícia Civil, o pai da suspeita foi morto em uma emboscada após ser abordado por três homens enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi atingido por dois tiros.


Qual a motivação?

Segundo a Polícia Civil, a suspeita do crime é a única herdeira do patrimônio do pai. Para ficar com os bens, ela e o marido teriam orquestrado a morte dele.


Qual a herança deixada?

Conforme a polícia, a herança incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis em Campinorte e dinheiro em conta bancária.


O que a filha fez com o patrimônio?

A filha vendeu parte dos bens cerca de três meses após o crime, segundo o delegado Peterson Amin. De acordo com o investigador, ela vendeu 100 cabeças de gado e uma casa.

“Ela tentou [mexer no dinheiro do banco], mas não conseguiu. Depois começou a se desfazer dos bens. Vendeu 100 cabeças de gado, a casa. Eles não pagaram o executor”, explicou o delegado.

Conforme o delegado, a venda dos bens apenas três meses após o assassinato causou desconfiança na polícia e "reforçou os indícios que já tinham". "Ela começou a se desfazer de tudo o que podia, o que gerou estranheza", disse.


O que o casal disse à polícia?

A filha afirmou à polícia que o marido foi o responsável por organizar o crime, segundo o delegado Peterson Amin. Conforme a Polícia Civil, ela alegou que não o denunciou por medo.

O delegado Peterson Amin disse ao g1 que não acredita na versão apresentada pela mulher e afirma que ela também está envolvida no crime. O marido dela ficou calado durante o depoimento.


Quanto foi prometido pela execução?

De acordo com a polícia, a filha e o genro contrataram um executor pelo valor de R$ 20 mil. Esse homem, por sua vez, contratou outros dois comparsas para realizar o crime.


Quem denunciou crime?

O executor contratado denunciou a mulher e o marido após não receber o pagamento prometido pelo crime, conforme informou o delegado Peterson Amin.

“Ele fez um número falso e os denunciou ‘anonimamente’ para polícia. Com fotos, vídeos e print da negociação”, explicou o delegado


Quem foi preso?

A filha da vítima e o marido dela foram presos. O executor do crime tem um mandado de prisão em aberto e, até a noite de 24 de dezembro, seguia foragido. Os comparsas que teriam ajudado o executor não foram presos e não há mandado de prisão em aberto contra eles.


O que diz a defesa?

Em relação ao casal, a Defensoria Pública informou que o representou durante a audiência de custódia, cumprindo o dever legal, mas não comentará o caso. Como a DPE-GO não está presente permanentemente na comarca, será desabilitada do processo, cabendo aos acusados constituírem defesa ou ao juízo nomear um defensor.

O g1 não localizou a defesa dos outros suspeitos até a última atualização desta reportagem.

Fonte: G1 GO






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