Segundo a família, Joel Santos da Silva, conhecido como "Faustão", estava internado há meses e, há algumas semanas, foi diagnosticado com a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)
Joel Santos da Silva morreu em decorrência de doença rara. (Reprodução/Redes sociais)
O ex-secretário municipal de Agricultura de Viana, Joel Santos da Silva, conhecido como Joel Faustão, morreu nessa quarta-feira (15), em Cariacica. Segundo a família, ele estava internado na Grande Vitória há quase três meses e, há algumas semanas, foi diagnosticado com a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).
Por conta dos sintomas, a condição raríssima em humanos é frequentemente confundida com a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), a doença da “vaca louca”, entretanto a DCJ não está relacionada com o consumo de carne de boi.
Até novembro de 2024, o Ministério da Saúde afirmava que nunca houve registros de casos da EEB em território brasileiro e que a forma “clássica” da doença “jamais foi registrada no país em mais de 20 anos de monitoramento, o que impede a transmissão para humanos por via alimentar”. A pasta voltou a ser questionada nessa quarta (15), após a morte.
Joel Santos da Silva morreu em decorrência de doença rara. (Acervo familiar/Reprodução)
Segundo o irmão da vítima, José dos Santos da Silva, o Faustão, o ex-secretário de Viana chegou a ficar quase 90 dias no Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, sendo posteriormente transferido para o Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), antigo “Adauto Botelho”, em Cariacica.
“Quando começou, ele foi perdendo as forças, o sono… Ele não dormia. Depois, foi perdendo os movimentos. Daí foi para o hospital e, de lá, não saiu mais”, contou José à reportagem.
Irreversível
Segundo informações do Ministério da Saúde, a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é um tipo de Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET) e é uma doença priônica humana rara, neurodegenerativa, progressiva e fatal, caracterizada por provocar um quadro clínico inicial de demência, desordem cerebral com perda de memória e tremores, associados a outros sinais e sintomas neurológicos e multifocais. A doença é irreversível e o óbito costuma ocorrer em até um ano após o diagnóstico.
Fonte: A Gazeta