O menino sobreviveu alimentando-se de frutas e bebendo a água que encontrou ao cavar nas margens de um rio
Tinotenda Pudu, sete anos, desapareceu da sua aldeia no noroeste do Zimbabué — Foto: Reprodução
Após cinco dias desaparecido, um menino foi resgatado de um parque nacional “infestado de leões”. Tinotenda Pudu, de sete anos, desapareceu de sua aldeia no noroeste do país em 27 de dezembro, e foi encontrado após uma força-tarefa entrar no Parque Nacional Matusadona, no Zimbábue, em busca dele.
Segundo autoridades locais, a busca pelo menino foi dificultada pelas fortes chuvas na região norte, o que dificultou a localização das pegadas pelos guardas. Tinashe Farawo, porta-voz da Autoridade de Parques e Vida Silvestre de Matusadona no Zimbábue (ZimParks), afirmou que Pundu entrou em 27 de dezembro no Parque Nacional de Matusadona, perto de seu vilarejo, e foi encontrado dias depois cerca de 50 quilômetros mais ao interior da reserva.
O menino sobreviveu alimentando-se de frutas e bebendo a água que encontrou ao cavar nas margens de um rio, técnica popular em áreas propensas à seca no país, acrescentou o porta-voz em um comunicado. "Surpreendentemente, estimamos que ele caminhou pelo terreno acidentado do Parque Nacional de Matusadona, repleto de leões, por 49 km de seu vilarejo até o local onde foi encontrado", disse Farawo.
Mutsa Murombedzi, membro do parlamento da região de Mashonaland West, afirmou que o resgate foi um “verdadeiro milagre”. “Tinotenda Pudu, de sete anos, se afastou, perdeu a direção e, sem saber, foi para o perigoso parque de caça de Matusadonha. Depois de 5 dias longos e angustiantes na selva perto do Rio Hogwe, que deságua no Rio Ume, o menino foi encontrado vivo pelos incríveis guardas florestais do Parque Matusadona Africa”.
De acordo com o relato de Mutsa, o menino teria dormido em uma região rochosa, muito próximo de leões rugindo e elefantes passando, e sobrevivido graças à alimentação baseada em frutas silvestres.
“Estamos maravilhados, com gratidão aos bravos guardas florestais, à incansável comunidade Nyaminyami que toca tambores noturnos todos os dias para fazer o menino ouvir o som e obter a direção de volta para casa e a todos que se juntaram à busca”, contou a Mutsa Murombedzi.
Em uma atualização sobre o estado do menino, Mutsa afirmou que ele já descansou e será avaliado por uma equipe de saúde mental, para garantir que o menino não tenha sofrido nenhum trauma.
Fonte: O Globo