Monise Garcia ficou internada em Rio Preto (SP) após diagnóstico de câncer, em estado paliativo — Foto: Adler Fonseca da Costa/Arquivo pessoal |
Como último ato de amor, um homem contratou um violinista para tocar para a esposa, que estava internada com câncer no cérebro e pulmão, em São José do Rio Preto (SP). Após ficar 40 dias hospitalizada, Monise Garcia, de 37 anos, morreu no domingo (26).
Ao g1, o empresário Adler Fonseca da Costa, de 43 anos, contou que sentiu que Monise estava no último dia e, por isso, decidiu fazer a homenagem a ela (assista ao vídeo acima). O violinista Marlon Garcia é sobrinho de Adler e, segundo ele, logo topou participar.
O casal morava em Jales (SP) , mas precisou ir a Rio Preto para o tratamento contra a doença. Segundo ele, a mulher gostava de música.
"Tocamos três hinos enquanto ela estava sedada. Quando acabou a última música, ela abriu o olho, olhou para mim, saiu uma lágrima e deu o último suspiro. Como ela gosta de música, achei que seria um jeito de ela me escutar", reflete o marido.
Monise ao lado do marido, Adler, enquanto recebia tratamento no hospital em Rio Preto (SP) — Foto: Adler Fonseca da Costa/Arquivo pessoal |
Luta contra a doença
Conforme o empresário, Monise começou a sentir uma forte dor de cabeça em março de 2024. Após uma ressonância, os médicos constataram que a mulher estava com um tumor no cérebro, do tamanho de um limão.
Na ocasião, Monise foi submetida a uma cirurgia para retirada do tumor, de forma urgente. O câncer foi retirado, mas, após exames, os médicos identificaram que o tumor na cabeça era proveniente de outro órgão do corpo.
Monise Garcia, de 37 anos, morreu com câncer no cérebro e pulmão em Rio Preto (SP) — Foto: Adler Fonseca da Costa/Arquivo pessoal |
Após investigações, Monise soube que o câncer começou no pulmão e estava em metástase. De acordo com o marido, a paciente tinha histórico da doença na família, sendo que a mãe, irmão e tios também foram diagnosticados.
Entretanto, por ser ativa fisicamente e não sentir outros sintomas, a mulher não desconfiava de que pudesse estar doente. Durante o tratamento, Monise fez pelo menos sete quimioterapias, que não foram suficientes para frear o avanço do tumor.
Monise Garcia estava com câncer no cérebro e no pulmão e foi internada em Rio Preto (SP) — Foto: Adler Fonseca da Costa/Arquivo pessoal |
Com os lados direitos do pulmão e do cérebro tomados pelo tumor (veja a foto acima, na qual a mancha branca é o câncer), Monise entrou em tratamento paliativo. Apesar de preparada, segundo Adler, a mulher mantinha o otimismo e acreditava que sairia do hospital andando.
"Ela estava sofrendo de dor, estava preparada para o que viria, mas acreditava que sairia dali andando. Eu não queria que ela sofresse tanto, então aceito como uma vitória para ela, porque ela tomava muito medicamento e não tirava a dor", pontua o marido.
Adler e Monise tiveram dois filhos: um menino de sete anos e uma menina de 12. De acordo com ele, a maior preocupação da mulher eram as crianças, que souberam do falecimento da mãe pela avó paterna.
"A família é grande e bem amorosa, ela sabia que estava deixando os filhos em boas mãos. Sempre falava que amava que lembrassem dela sempre sorrindo, não do jeito que ela estava ficando", finaliza Adler.
Adler e Monise tiveram dois filhos, um menino de sete anos e uma menina de 12 — Foto: Adler Fonseca da Costa/Arquivo pessoal |
Fonte: G1