Procedimento repõe o volume perdido das mãos com a gordura coletada de outra área do paciente
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O rosto costuma ser o foco dos cuidados antienvelhecimento, mas as mãos também sofrem com a passagem do tempo e podem denunciar a idade antes mesmo das rugas faciais. A exposição frequente ao sol, a perda de volume e o contato constante com agentes químicos, como produtos de limpeza e álcool em gel, tornam a pele mais fina, ressecada e propensa a manchas. Segundo o dermatologista Renato Soriani, a desatenção com essa região é um dos principais motivos para o envelhecimento precoce.
“As mãos estão sempre expostas e raramente recebem o mesmo nível de cuidado que o rosto. Isso leva à perda progressiva de gordura subcutânea, tornando veias e tendões mais aparentes, além de favorecer o surgimento de rugas e hiperpigmentação”, explica Soriani. “O envelhecimento das mãos é um processo multifatorial, e tratá-las exige uma abordagem combinada, que pode incluir preenchimentos, lasers, peelings e bioestimuladores de colágeno.”
A perda de volume, que confere um aspecto mais magro e esquelético às mãos, pode ser revertida com preenchimentos de ácido hialurônico ou enxerto de gordura autóloga. O procedimento, conhecido como lipoenxertia, retira gordura de áreas como abdômen ou coxas, purifica-a e a reinjeta nas mãos. “Diferente do ácido hialurônico, que tem efeito temporário, a gordura enxertada pode oferecer um rejuvenescimento mais duradouro, pois também estimula a regeneração celular e a produção de colágeno”, explica o dermatologista.
Além do volume, as manchas senis são um dos sinais mais evidentes do envelhecimento das mãos. O laser e os peelings químicos são opções para uniformizar o tom da pele e reduzir a hiperpigmentação. Para melhorar a textura e a firmeza, bioestimuladores de colágeno ajudam a devolver elasticidade. “É possível tratar os sinais do tempo, mas o ideal é preveni-los. O uso diário de protetor solar e hidratantes enriquecidos com antioxidantes e ácido hialurônico pode retardar esse processo”, alerta Soriani.
Apesar dos avanços nos procedimentos estéticos, especialistas destacam que nem todas as técnicas são adequadas para qualquer paciente. “A lipoenxertia, por exemplo, pode ter reabsorção parcial pelo organismo, exigindo retoques, enquanto lasers e peelings químicos podem sensibilizar a pele e demandam cuidados extras, principalmente em pessoas com maior predisposição a manchas”, esclarece o dermatologista.
Fonte: O Globo