Padrasto afirma que aceitava relação extraconjugal da esposa com vizinha: “Eu mesmo saía”
Maria Jocilene, Francisco de Assis Pereira da Costa, Maria dos Aflitos. | Reprodução
Em meio às perguntas feitas, o suspeito afirmou acreditar que ambas mantinham relações sexuais e que dormia separado.
Durante o interrogatório conduzido pela Polícia Civil do Piauí, Francisco de Assis Pereira da Costa afirmou que estava ciente do relacionamento amoroso de sua esposa, Maria dos Aflitos, com a vizinha, Maria Jocilene, que foi a última vítima da série de envenenamentos em Parnaíba, Litoral do estado. Segundo ele, apesar do ciúme, aceitava a situação. “Eu mesmo saía e deixava à vontade elas dormindo”, disse.
RELAÇÕES
O interrogatório ocorreu no dia 23 de janeiro de 2025. Em meio as perguntas feitas, o suspeito afirmou acreditar que ambas mantinham relações sexuais e que dormia separado. "Dessa vez agora, nós moramos naquela casa, eu me obriguei [a sair]. Ela pegou, se deitou lá na cama e ficou lá na Maria. Eu olhei, ela já tava lá mesmo. Elas não faziam na minha frente não”, completou.
MARIA JOCILENE NÃO GOSTAVA DO RELACIONAMENTO DO CASAL
“Gostava não, de jeito nenhum. Porque, além de dela ter vontade de ficar com a mulher lá em casa, ela também achava, discordava, que eu não era aquele homem bom dentro de casa,[..] não dava dinheiro para a Maria", declarou Francisco ao ser questionado se Jocilene aprovava o relacionamento do casal.
Francisco relatou ainda que a vítima dava dinheiro a Maria dos Aflitos, e que ela possuia um carinho pelos netos e filhos da suspeita. "Tratava bem assim como fosse os filhos dela, não faltava nada", acrescentou.
CIÚMES
“Aceitava de boa. Nunca fui contra, nunca disse nada se ela chegasse para mim e dizer assim. Eu cheguei até a oferecer ela muitas vezes, me lembro, e Deus me castigou, mas eu disse assim, ‘Joice, tu quer ficar com a essa Maria logo de uma vez pra ti, não? Fica logo, aí é bom que eu vou embora, procurar outra pessoa. [...]Existe, ciúme, existe. A pessoa vive de um ano para frente com a mulher, existe”, relatou
"Eu queria que ela se ela se reconciliasse comigo. A Maria. Que ela enxergasse que eu era um homem da vida dela", contou Francisco sobre o relacionamento com a esposa.
O CASO
Na noite do último domingo (02), a Polícia Civil divulgou os detalhes da investigação, que aponta Maria dos Aflitos e seu companheiro, Francisco de Assis, como os responsáveis por trás das mortes por envenenamento de familiares. A motivação pela redução de "despesas" domésticas.
Primeiro caso: Francisco teria utilizado suco em pó com terbufós para envenenar dois netos de Maria dos Aflitos, Ulisses Gabriel e João Miguel.
Segundo caso: Durante o almoço após a virada do ano, um baião de dois foi contaminado com terbufós, resultando na morte de cinco familiares: Igno Davi, Lauane, Maria Gabriela, Manoel Leandro e Francisca Maria.
Terceiro caso: Maria Jocilene, vizinha e amante de Maria dos Aflitos, faleceu após ingerir café envenenado com terbufós.
Investigação e Confissão
Durante depoimento no dia 31 de janeiro de 2025, Maria dos Aflitos confessou ter envenenado Maria Jocilene, buscando desviar a culpa de Francisco, que está preso temporariamente desde 8 de janeiro.
Fonte: Meio News