Quase 600 brasileiros têm o pênis amputado a cada ano no Brasil; entenda

Pênis — Foto: Freepik

O Brasil registra quase 600 amputações de pênis a cada ano, apontam dados do Ministério da Saúde compilados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). De acordo com a entidade médica, o câncer de pênis é a principal causa para a necessidade do procedimento. A sociedade chama atenção para as “estatísticas alarmantes” sobre a doença no país, embora ela seja evitada com medidas simples, como higiene adequada e vacinação contra o HPV.

Os dados levantados pela SBU mostram que de 2015 até novembro de 2024 foram registradas 5.851 amputações do órgão, uma média de 580 a cada ano. No mesmo período, foram 22.212 internações por câncer de pênis, média de 2,2 mil a cada ano. Além disso, de 2014 a 2023 foram 4.502 mortes, cerca de 450 anualmente.

A sociedade médica chama atenção para os números enquanto realiza a quinta edição da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pênis para conscientizar sobre a prevenção e tratamento precoce do tumor. Ao longo de fevereiro, médicos da entidade vão esclarecer dúvidas sobre a doença nas redes sociais (@portaldaurologia).

— Apesar de ser um dos poucos tipos de câncer que podem ser prevenidos, o Brasil ainda apresenta preocupantes índices relativos ao câncer de pênis, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Nosso maior objetivo com essa campanha é informar os homens que é possível prevenir e, caso ele surja, que seja diagnosticado e tratado de forma precoce, evitando a amputação do órgão — diz Luiz Otavio Torres, presidente da SBU.

Os urologistas explicam que a maior incidência do câncer de pênis costuma ocorrer em homens a partir dos 50 anos, embora a doença também possa acometer os mais jovens. Os sinais mais comuns são:
  • Ferida que não cicatriza;
  • Sangramento sob o prepúcio;
  • Secreção com forte odor;
  • Espessamento ou mudança de cor na pele da glande (cabeça do pênis);
  • Presença de nódulos na virilha.

Alguns fatores de risco que favorecem o desenvolvimento do câncer são baixas condições socioeconômicas; higiene inadequada da região íntima; fimose; infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e tabagismo.

Por isso, para se proteger, a sociedade recomenda:
  • Higiene adequada do pênis com água e sabão puxando o prepúcio;
  • Lavagem da região íntima após as relações sexuais;
  • Vacinação contra o HPV (disponível no SUS para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos);
  • Cirurgia de correção nos casos de fimose (postectomia);
  • Uso de preservativo para evitar ISTs.
Fonte: O Globo


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