Flavio Alexandra Alves era responsável por comprar passagens aéreas para os brasileiros viajarem de cidades fronteiriças para outros locais nos Estados Unidos logo após terem sido detidos e liberados pela alfândega
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Um brasileiro foi preso nos Estados Unidos acusado de fazer parte de uma organização criminosa responsável pelo tráfico ilegal de centenas de pessoas do Brasil para os EUA. Flavio Alexandre Alves, também conhecido como “Ronaldo”, de 41 anos, foi encontrado e detido nessa quarta-feira na cidade de Worcester, em Massachusetts, na Costa Leste dos EUA.
De acordo com o Departamento de Justiça americano, Alves é acusado criminalmente de “conspirar para trazer estrangeiros e transportar estrangeiros dentro dos Estados Unidos com o propósito de ganho comercial ou financeiro em violação à lei”.
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As investigações contra a organização de tráfico humano começou em 2022, após ser identificado pelas autoridades uma operação transnacional envolvendo Brasil, México e Estados Unidos. Segundo as acusações, Alves coordenava outros criminosos no Brasil e no México para organizar o transporte de brasileiros para os EUA. Ele também seria responsável por lavar dinheiro e coletar taxas de imigração ilegal pagas pelos brasileiros traficados.
Na prática, Alves era responsável por comprar passagens aéreas para os brasileiros viajarem de cidades fronteiriças para outros locais nos Estados Unidos logo após terem sido detidos e liberados pela alfândega. As investigações apontam que entre maio de 2021 e agosto de 2022, Alves teria comprado mais de 100 passagens aéreas saindo de Tucson e Phoenix, no Arizona, para cidades como Boston, Pittsburgh, Harrisburg e Filadélfia.
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Registros bancários obtidos durante a investigação indicam que Alves teria transferido centenas de milhares de dólares para financiar o transporte de imigrantes ilegais e pagar traficantes no México por seus serviços.
De acordo com os documentos, Alves foi anteriormente condenado por crimes de tráfico humano na Califórnia em 2004 e deportado para o Brasil em fevereiro de 2005. Após a deportação, o brasileiro reentrou ilegalmente nos Estados Unidos e permaneceu no país sem status imigratório.
A acusação de conspiração para trazer ou transportar estrangeiros ilegalmente nos Estados Unidos prevê uma pena de até 10 anos de prisão, três anos de liberdade supervisionada e uma multa de até US$ 250.000. O brasileiro também está sujeito a procedimentos de deportação após o cumprimento de qualquer pena imposta.
Fonte: O Globo