Produção original Globoplay se tornou a primeira brasileira a ganhar um Oscar, na categoria Melhor Filme Internacional. 'Foi uma gritaria lá em cima, parecia um jogo de futebol', relembra diretor de fotografia sobre momento do anúncio.
Integrantes da equipe de "Ainda Estou Aqui" que acompanhavam a cerimônia do Oscar em Los Angeles (EUA) classificaram o prêmio de Melhor Filme Internacional do longa-metragem como "emocionante", "incrível" e "histórico".
“Na nossa hora, eu não sei, a gente gritou, se abraçou, chorou, foi muito arrepiante, foi muito, muito emocionante”, contou a figurinista do longa, Claudia Kopke, ao blog, logo após a cerimônia. “A gente pensar naquele trabalho todo que a gente teve, que não é fácil, apesar de parecer simples. Foi muito legal”.
'Realmente histórico'
Valentina Herszage, a atriz que interpreta Veroca, a filha mais velha de Eunice e Rubens Paiva, relata que a premiação exalta a produção nacional e serve como um convite “para a gente poder voltar a ocupar as salas de cinema”.
“Eu acho que a gente ganha um espaço, assim, no mundo, de a gente mostrar as nossas histórias. E não só para o mundo, mas acho que para nós mesmos, brasileiros. Para a gente lembrar o que a gente produz. E o que a gente produz é muito bom!”, afirma Herszage. "É realmente histórico. É a primeira vez que um filme brasileiro ganha um Oscar".
'Parecia um jogo de futebol'
Integrantes da equipe do longa-metragem se reuniram em diferentes espaços do Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA), onde aconteceu a cerimônia de premiação.
“A gente estava com a parte da equipe lá em cima e os produtores estavam embaixo. Quando a gente recebeu a notícia que o filme ganhou, que a gente escutou, ‘I'm Still Here’, foi muito legal. Foi uma gritaria lá em cima, parecia um jogo de futebol. A gente ficou muito emocionado”, conta ao blog, Adrian Tejido, diretor de fotografia do filme.
A vitória de “Ainda Estou Aqui" foi a primeira do Brasil no Oscar.
O Brasil é indicado na Academy Awards desde 1963, quando estreou com o filme "O Pagador de Promessas", dirigido por Anselmo Duarte, único filme brasileiro a vencer a Palma de Ouro em Cannes.
Outras produções indicadas na categoria de melhor filme internacional foram "O Quatrilho (1996)", "O Que É Isso, Companheiro? (1998)" e "Central do Brasil (1999)", sendo este último um dos momentos mais marcantes do cinema nacional na premiação.
Além de Melhor Filme Internacional, "Ainda Estou Aqui" rendeu indicações de Melhor Filme – vencido por "Anora" – e Melhor Atriz, para Fernanda Torres – a estatueta ficou com Mikey Madison, de "Anora".
"Faltou a Nanda [Fernanda Torres], mas acho que a Nanda ganhou, né? Tudo que aconteceu na vida dela, dos prêmios que ela ganhou e da repercussão que teve, já foi mais que suficiente. Já foi maravilhoso, né? Não teria sido melhor", afirma Tejido.
Fonte: G1
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