Hospital nos EUA tem aumento de casos de pessoas que colocam cola nos olhos; entenda


Quando o material adesivo entra no órgão, ele endurece rapidamente, o que dificulta sua remoção

Em uma rede social, jovem conta experiência de jogar cola no olhoReprodução/9News

Uma rede de hospitais no Colorado, EUA, constatou um estranho aumento de casos de pacientes que alegavam ter usado cola nos olhos. Muitas vezes, eles procuravam atendimento com as pálpebras e cílios colados.

“Pode haver alguns meses em que não vemos ninguém, e então, de repente, podemos ter duas ou três pessoas com esse tipo de situação. Tem sido relativamente comum”, diz Richard Davidson, oftalmologista do hospital em entrevista à rede de TV 9News.

A explicação para o fenômeno é que muitos pacientes que procuram o hospital dizem ter confundido a cola para unhas ou cílios com colírios. Os frascos desses produtos são bastante semelhantes, o que contribui para provocar o acidente.

“É incrível como muitos produtos são similares, e podemos acabar colocando-os no olho por acidente. Às vezes é cola de maquiagem para os olhos, às vezes são gotas para os ouvidos que vão para o olho”, diz Davidson.

Em um vídeo que viralizou em novembro de 2024 e que foi compartilhado mais de 41 mil vezes, uma usuária de uma rede social disse que pegou um frasco de cola para unhas em vez de colírio. No material, é possível ver o olho da paciente sendo irrigado por um dispositivo médico.

Quando a cola entra no olho, ela endurece rapidamente, dificultando a remoção. “Essa cola seca em questão de segundos”, acrescenta.

“Se você puder ir até uma pia, tente lavá-la ou pegue uma toalha e solte-a um pouco, porque quanto mais rápido você agir, melhor”, diz Davidson.

Em alguns casos, o médico deve separar cuidadosamente os cílios colados ou raspar o adesivo da superfície do olho.

“Há momentos em que temos que cortar os cílios se eles estiverem colados, e há momentos em que, se estiver no próprio olho, temos que raspá-lo ou retirá-lo com cuidado”, afirma Davidson.

Apesar do desconforto, a maioria dos pacientes se recupera sem sofrer danos permanentes.

Além das medidas de primeiros socorros, o médico também recomenda uma atitude preventiva: ler com cuidado os rótulos dos frascos.

Fonte: R7



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