Diogo Garcia Lucindro, que era contratado como guarda-vidas da Prefeitura de Itapemirim, fazia pesca de apneia, quando não é usado equipamento de respiração
![]() |
Diogo praticava mergulho em apneia. (Reprodução/Redes Sociais) |
Um mergulhador de 30 anos, identificado como Diogo Garcia Lucindro, morreu durante um mergulho por apneia — quando não é utilizado equipamento de respiração —, próximo a uma plataforma no litoral de Anchieta, no Sul do Espírito Santo. Ele havia desaparecido no mar na tarde de sexta-feira (7) e teve o corpo encontrado a cerca de 30 metros de profundidade na manhã deste sábado (8).
A Polícia Militar informou que foi acionada e, no local, um amigo da vítima relatou que eles estavam em um grupo de três pessoas, fazendo pesca de apneia. Diogo decidiu fazer um último mergulho, por volta das 17h, mas demorou a retornar. Os amigos, então, mergulharam para procurá-lo e encontraram apenas o arpão — uma lança utilizada para pescar.
Eles contaram aos militares que realizaram buscas até as 19h, mas precisaram parar devido ao mar agitado e à falta de equipamentos adequados. Neste sábado (8), eles retornaram ao local e encontraram o corpo do amigo, que foi levado de barco até a praia de Parati.
A morte de Diogo foi lamentada em uma publicação de uma rede social da Prefeitura de Itapemirim, município do Sul capixaba, onde o mergulhador era contratado como guarda-vidas.
![]() |
Publicação na página da Prefeitura de Itapemirim. (Reprodução/Instagram) |
Uma página voltada para os praticantes da pesca e mergulho em apneia também postou sobre a perda de Diogo.
O Corpo de Bombeiros foi procurado pela reportagem e informou que não atuou na ocorrência.
Em nota, a Polícia Científica (PCIES) informou que foi acionada para uma ocorrência de encontro de cadáver. O corpo da vítima foi encaminhado para a Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Cachoeiro de Itapemirim, para passar pelo processo de necropsia e depois ser liberado para os familiares.
Marinha vai apurar acidente
Por meio de nota enviada para a reportagem de A Gazeta, a Marinha do Brasil lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família da vítima. Informou, ainda, que um inquérito administrativo foi aberto pela Capitania dos Portos do Espírito Santo (CPES) para apurar as causas e responsabilidades do acidente.
O órgão explicou que, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, a CPES recebeu uma solicitação de socorro, na sexta-feira (7), referente ao desaparecimento de um mergulhador, nas proximidades da "Plataforma MOP-1", a uma distância aproximada de 28 quilômetros da costa, na altura de Anchieta.
Segundo a Marinha, imediatamente, a capitania acionou uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) para prestar socorro, bem como o Navio de Socorro Distrital, Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) "APA", foi mobilizado para realizar as buscas. No início da manhã deste sábado (8), uma embarcação civil que colaborava com as buscas no local encontrou o corpo do mergulhador desaparecido.
"A Marinha reforça a importância da participação da sociedade, que pode ser feita pelos telefones 185 (número para emergências marítimas e pedidos de auxílio) e (27) 2124-6526 (diretamente com a Capitania dos Portos do Espírito Santo para outros assuntos, inclusive denúncias)", orientou, no texto.
Fonte: A Gazeta