Conta de luz grátis? Governo Lula lança programa que zera a conta de luz para famílias de baixa renda


Créditos: Equipe Design Rede Brasil News

Projeto propõe gratuidade na conta de energia elétrica para famílias de baixa renda inscritas no CadÚnico

Na última semana, um novo projeto foi enviado à Casa Civil propondo mudanças importantes na Tarifa Social de Energia Elétrica, programa que desde 2002 garante descontos para famílias de baixa renda. A proposta, que ganhou força após declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pretende oferecer gratuidade total na conta de luz para milhões de brasileiros com consumo de até 80 kWh mensais.


Gratuidade na conta de luz: o que muda com a nova Tarifa Social?

Durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia Elétrica, realizado no início de abril no Rio de Janeiro, o ministro Alexandre Silveira anunciou que o governo quer expandir o alcance da Tarifa Social, isentando totalmente o pagamento de energia elétrica para famílias de baixa renda com consumo reduzido.

“Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com gratuidade de energia até o consumo de 80 kWh por mês”, afirmou o ministro, segundo o g1.

Esse nível de consumo representa o uso de eletrodomésticos básicos como geladeira, chuveiro, televisão e lâmpadas em uma casa com seis cômodos. A proposta também prevê a isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para famílias com renda de até um salário mínimo por pessoa.


Governo ainda avalia a proposta

Apesar do anúncio do ministro de Minas e Energia, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que ainda não há estudos oficiais em andamento sobre a ampliação da Tarifa Social.

“Não tem nenhum estudo na Fazenda, nem na Casa Civil, sobre esse tema”, declarou Haddad.

No entanto, em 16 de abril, o projeto chegou oficialmente à Casa Civil, o que indica que o tema começou a tramitar e pode avançar nos próximos meses.


Como vai funcionar a nova Tarifa Social?

Se aprovada, a nova versão do programa trará duas grandes mudanças:


1. Gratuidade para consumo de até 80 kWh/mês

A gratuidade na conta de luz valerá para os seguintes grupos:
  • Famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa;
  • Pessoas com deficiência ou idosos que recebem o BPC (Benefício de Prestação Continuada);
  • Famílias indígenas ou quilombolas cadastradas no CadÚnico;
  • Famílias em sistemas isolados que não estão conectadas à rede elétrica nacional.
Importante: Será cobrado apenas o valor referente ao consumo que ultrapassar os 80 kWh/mês.


2. Desconto adicional com isenção da CDE

As famílias com renda entre meio salário mínimo e até um salário mínimo por pessoa receberão um desconto de aproximadamente 12% na conta de luz, graças à isenção da CDE.


Como é a Tarifa Social atualmente?

Atualmente, a Tarifa Social oferece descontos escalonados conforme o consumo:
  • Até 30 kWh/mês: 65% de desconto;
  • De 31 kWh a 100 kWh/mês: 40% de desconto;
  • De 101 kWh a 220 kWh/mês: 10% de desconto;
  • Indígenas e quilombolas: podem ter gratuidade total, conforme o caso.

Quem pode ter o desconto atualmente?

Para ter acesso ao benefício, o titular da conta de luz precisa:
  • Ser pessoa com deficiência ou idosa (a partir de 65 anos) e receber o BPC;
  • Estar inscrito no CadÚnico com renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa;
  • Estar inscrito no CadÚnico com renda de até 3 salários mínimos, caso algum membro da família dependa de equipamentos médicos elétricos.

Como se inscrever no programa?

A inscrição é automática para quem atende aos critérios e está com o Cadastro Único atualizado. O cruzamento de dados é feito pela própria empresa fornecedora de energia.

Se o desconto não for aplicado, o cidadão deve:
  • Procurar a companhia de energia elétrica e trocar a titularidade da conta com um comprovante (contrato de aluguel ou compra e venda);
  • Atualizar os dados no CadÚnico, incluindo endereço e composição familiar.

Conclusão

A proposta de ampliação da Tarifa Social promete zerar a conta de luz de milhões de brasileiros, promovendo mais justiça social e alívio financeiro para quem mais precisa. A medida ainda está em análise, mas a entrada do projeto na Casa Civil já indica avanços significativos.

Fonte: Rede Brasil News



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