A investigada mantinha mulheres em cárcere privado, enquanto as forçava a trabalhar como garotas de programa, no Centro-Sul de Belo Horizonte

A Polícia Civil concluiu que a mulher mantinha vítimas em cárcere privado e lucrava com prostituição forçada - (crédito: PCMG)
Uma cafetina de 55 anos foi indiciada por manter outras mulheres em cárcere privado, enquanto as induzia à prostituição. Ela lucrava com o trabalho delas e mantinha um prostíbulo de alto luxo no bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela foi presa em flagrante.
De acordo com a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo inquérito, as vítimas relataram que eram mantidas presas e obrigadas a trabalhar como garotas de programa para pagar estadia e despesas no local.
“As provas produzidas indicaram que a indiciada estaria explorando o trabalho de diversas mulheres como prostitutas, impedindo-as de sair da casa de prostituição da qual a investigada seria a proprietária”, afirmou Mascotte.
Conforme as investigações, as vítimas viviam na casa de prostituição há cerca de quatro meses sem que pudessem sair. Elas ainda tinham alimentação limitada, vestuário escasso, e 60% do valor que recebiam era retido pela indiciada.
Segundo a delegada, a mulher detinha os lucros mediante ameaça, violência e proibição de liberdade sexual, autorizando inclusive os clientes a usar força física nos programas sexuais. A atitude também faz da mulher autora de rufianismo, que é o lucro pela prostituição alheia.
A mulher foi presa em flagrante depois que prestou depoimento na Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher (Depam), em Belo Horizonte, no dia 13 de fevereiro. A investigação seguiu na Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS), onde vítimas e testemunhas foram ouvidas para produção das provas incluídas no inquérito.
No dia em que a cafetina foi ouvida, a PC apreendeu recibos de pagamentos com nomes de diversas mulheres, alguns com descrição do serviço com duração e valores, além do celular da investigada, um aparelho de filmagem e dinheiro.
O procedimento foi encaminhado à Justiça, que segue com os procedimentos legais.
Fonte: Estado de Minas