Deputado mais votado do ES diz que não apoia nem Lula nem Bolsonaro.
“Não serei mais sacaneado, sou candidato ao Senado Federal com apoio de Paulo Hartung, do contrário ficarei em casa e não disputarei outro cargo. Estou no Republicanos, mas vou sair na janela. Tenho convite do PSD, mas minha escolha da legenda só será no ano que vem, no último momento”.
As declarações são do deputado estadual, Sérgio Meneguelli, que ainda guarda mágoa do atual partido. Ele foi traído por Erick Musso que acabou saindo para o Senado mas nem ameaçou os favoritos.
Nas eleições para o Senado, Sérgio Meneguelli aparecia nas pesquisas na frente de Magno Malta e teria sido eleito não fosse a rasteira que levou.
Até o ex-presidente Jair Bolsonaro entrou no circuito para neutralizar a candidatura de Serginho que ameaçava a volta de Magno Malta ao Senado. Acabou sendo eleito estadual com 138.485 votos.
O número de votos lhe permitia ser eleito deputado federal com folga. O federal mais votado dos dez representantes capixabas foi Helder Salomão (PT), com 125 mil votos.
Boicote
Por determinação da direção nacional do Republicano Menegueli foi rifado e substituído. “Agora o partido está precisando do meu nome para apoiar Lorenzo Pazolini”, revelou, se referindo ao prefeito de Vitória, pré-candidato ao governo.
Em Pesquisa do Instituto Flexconsult, divulgada com exclusividade pelo site Agência Congresso, Sergio Meneguelli aparece em terceiro lugar na disputa pelas duas vagas ao Senado.
De acordo com a pesquisa ele perde para Paulo Hartung e o governador Renato Casagrande, que lidera. ‘O povo não engoliu Magno Malta e o meu jeito de fazer política é bem diferente. Não uso carro oficial, não tenho auxílio refeição e nem a verba de gabinete de R$ 20 mil. Sou simples e tenho trabalho prestado”, explicou.
Perguntado em quem vai apoiar para presidente, o deputado Serginho não vacilou. ´´Não voto em Bolsonaro e nem no Lula. Sou de centro e uso as duas mãos, tanto a direita quanto a esquerda. Acho que a polarização está acabando e o brasileiro vai votar em nomes, não em partidos”, afirmou.
Convicto de suas chances para o Senado, Serginho falou que vai pedir para instalar um bicicletário na Chapelaria do Congresso Nacional, point oficial de entrada dos senadores.
“Tenho uma camionete para carregar minha bike. Uso all star e calça jeans, meu estilo é minha natureza. É assim que vou para Brasília, sem carro oficial e pedalando”.
Citando Magalhães Pinto, política é igual nuvem, muda rápido. Durante a entrevista, ele citou várias vezes, o acontecimento das últimas eleições para o senado, que como prêmio de consolo, ganhou uma cadeira na Assembleia Legislativa, que considera um mal necessário.
“Não sou contra o governador Renato Casagrande, mas sou independente. Estão querendo meu nome na chapa do Pazolini, mas ainda não sei nem em qual partido estarei filiado. Agora não posso sair do meu partido, tanho que aproveitar a janela antes do pleito para mudar. Confortável ou desconfortável tenho que aguentar um tempo na sigla que cometeu o erro de trocar o meu nome pelo do Magno Malta”, finalizou.
Fonte: Agência Congresso