
Uma travesti indígena identificada como Shakira, de 23 anos, foi encontrada morta na manhã deste domingo (6), às margens do rio Grajaú, na região conhecida como Limoeiro, a cerca de 568 km de São Luís. O corpo foi localizado boiando nas águas do rio por moradores da região.
Shakira era moradora da Aldeia Cocal, em Grajaú, e sua morte inicialmente levantou suspeitas de homicídio, considerando seu histórico de violência. Em 2023, a jovem foi brutalmente espancada e estuprada após sair de uma festa na Aldeia Formigueiro, dentro da Terra Indígena Morro Branco, também em Grajaú. O crime, que ocorreu justamente no Dia dos Povos Indígenas (19 de abril), teve grande repercussão na região. O suspeito do estupro, também indígena, foi preso dias depois.
Apesar do histórico, a perícia feita pela Polícia Civil do Maranhão não encontrou sinais aparentes de violência no corpo de Shakira. Após ser removido do local, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz, onde exames confirmaram a causa da morte como afogamento.
Ainda assim, a Polícia Civil segue investigando o caso para entender as circunstâncias do afogamento, especialmente considerando o passado recente de violência sofrida por Shakira.
O caso tem gerado comoção entre movimentos LGBTQIA+ e indígenas, que cobram respostas das autoridades e atenção às violências sistemáticas enfrentadas por pessoas trans e indígenas no estado.
Fonte: Portal do Tupiniquin